O dianteiro Yuri Tanque está desfrutando de um período excepcional no Jeju United, localizado na Coreia do Sul.

Durante um diálogo esclarecedor com o Sambafoot, ele revelou detalhes sobre sua juventude em Minas Gerais, época que atuou nas categorias juvenis do Cruzeiro e do Atlético Mineiro.

Na sua trajetória profissional, Tanque acumulou passagens notáveis pelo futebol brasileiro, destacando-se em campanhas exitosas pela Ponte Preta e pelo Guarani.

Com uma maturidade conquistada, Tanque, apelidado de Tank devido à sua robustez física, pondera sobre as vivências acumuladas.

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Yuri, nesta semana, comemorou sete anos de seu debutante gol profissional. Essa conquista é bastante expressiva. Qual a importância desse marco para você, essa ascensão em sua trajetória? São muitos anos dedicados ao futebol profissional, correto?

Sim, estou genuinamente saboreando um sonho e aprimorando-o. Empenhando-me para ampliar essa realidade, uma viagem que teve início na infância e atravessou incontáveis estágios. Eu e minha esposa discutimos bastante sobre isso, percebe? As efemérides são relevantes para serem comemoradas. Constituem vitórias, sejam aniversários, ocasiões especiais ou até o lembrar do meu primeiro gol, são indicativos de que a dedicação da juventude está rendendo frutos, e prosseguirei laborando para conquistar ainda mais.
Sete anos transcorreram desde aquele gol inicial, mas também festejo cada semana de labor e cada confronto que tenho a oportunidade de balançar a rede, tornando cada vez mais especial. Estamos dialogando sobre a infância, sobre o percurso.

O que pode nos contar sobre sua vivência na rivalidade entre o Atlético Mineiro e o Cruzeiro?

Iniciei nas divisões inferiores do Cruzeiro, o que foi sublime. Minas Gerais… O América progrediu exponencialmente, representa um clube de tradição, não? Com um centenário e além, alcançou crescimento notável, participou da Libertadores e prosseguiu. Encontra-se numa fase esplêndida. Contudo, no interior a dicotomia entre Cruzeiro e Atlético é evidente, todos debatem a respeito de Cruzeiro e Atlético continuamente. Dei meus primeiros passos no Cruzeiro, treinei, atuei na Toca 1, então… foi uma aventura única. Ser envolvido nessa dinâmica aos 10 anos, um menino acostumado apenas aos gramados rurais, e ser integrado nas divisões juvenis do Cruzeiro, foi estupendo. Vivenciei determinadas situações, não somente nos treinos, sabe? Eu visitava a Toca da Raposa, a Toca 2, e olha, naquele tempo eu era um jovem, contudo os atletas que lá estavam eram meus ídolos na ocasião, como Fábio, Guilherme, Araújo, Wagner, eles brilhavam naquela fase, e eu pensava, nossa, que fantástico, que incrível. Isso me incentivou, sabe? Foi uma vivência impressionante naquele período, né? Ver aqueles jogadores na televisão antes e depois estar na presença deles ali, trouxe uma experiência valiosa. Anos mais tarde, migrei, com 15 anos, para o Atlético Mineiro, e encarei uma nova realidade, algo mais tangível, uma vez que a base do Atlético Mineiro divide o mesmo espaço com o time principal, no mesmo local de treinos. Pude observar várias estrelas, várias personalidades em um ano memorável, como foi em 2013, o ano da Libertadores, onde estava o lendário Ronaldinho. Tive a chance de treinar, ambas foram experiências incrivelmente produtivas que me prepararam para ser um profissional mais completo e me motivaram imensamente.

Como foi sua incursão pela Ponte Preta e Guarani?

Bem, cresci em Minas Gerais e me transferi para o território de São Paulo, sabe? E, olha, o clássico entre Cruzeiro e Atlético é fervoroso. E quem está familiarizado com a rivalidade entre Ponte Preta e Guarani, sabe também do seu fervor. As pessoas ligadas a uma dessas equipes nem sequer mencionam o nome da outra, do antagonista. Por exemplo, para quem desconhece, os estádios estão a aproximadamente 500 metros de distância um do outro. O estádio do Guarani fica numa avenida e o da Ponte Preta um pouco acima, quase 500 metros. Então, referem-se assim, os de cima, os de baixo. Quando atuava pela Ponte, não era permitido usar nada de cor verde, seja chuteira, vestimenta, absolutamente nada. No período do Guarani, igualmente me alertavam quanto ao uso de cores similares. Mas expresso minha profunda gratidão à Ponte Preta pelo avanço que obtive lá. Tive a oportunidade de conviver com excelentes profissionais, criei grandes amizades e foi um ponto crucial para dar os primeiros passos na carreira profissional. Sou imensamente agradecido pelas experiências vividas na Ponte e pelas que passei no Guarani. Louvo a Deus por tudo, entende? Os acontecimentos são recentes, fui calorosamente acolhido pelos torcedores, pela comissão técnica, pelos companheiros de equipe, e pude me alegrar bastante ali.

Presentemente, você está engajado em sua terceira experiência atuando fora do Brasil. Como tem sido a sua rotina em outras nações?

É verdade, em 2019 iniciei minha primeira jornada no Japão. Esta foi uma fase desafiadora, particularmente complicada, pois se tratava de minha estreia internacional, em meio a uma cultura extremamente distinta, com diferenças de fuso, alimentação e de práticas esportivas. Possuía um conhecimento básico de inglês e precisei aprender urgentemente o japonês, mas foi uma vivência magnífica. Jamais tive receio de me arriscar em terras estrangeiras, de desbravar, de explorar e foi extremamente recompensador. Naquela ocasião, eu estava solteiro, viajando sozinho, o que tornou o processo de adaptação ainda mais árduo, distante dos meus pais, amizades, sem nenhum familiar por perto, não dominava o idioma e não estava acostumado à gastronomia, então, de fato, representou um desafio e tanto. Já em minha segunda experiência, fui para Portugal, então casado. Apesar da língua ser parecida, há distinções culturais, o modo de pensar difere. Portanto, a adaptação teve que ser semelhante, entende? Não é o mesmo convívio caloroso dos brasileiros, o estilo de entender o futebol igual ao Brasil, assim não é comum, logo é um momento que demanda ajustes. Contudo, foram dois países que impulsionaram meu crescimento, tanto em termos profissionais quanto na vida pessoal, como homem, filho, marido, foram amplamente enriquecedores. E agora surgiu essa terceira chance no exterior, aqui na Coreia do Sul, com mais sabedoria, mais vivências, somado ao suporte de minha esposa, o que representou um pilar para a adaptação, começamos a estudar coreano antes mesmo de chegar, para facilitar nossa inclusão. Ao desembarcar, nos empenhamos em nos ajustar o mais breve possível em relação ao fuso, comida, língua, e, com a ajuda divina e seu favor, estou na minha terceira temporada, com fluência em inglês, consigo me comunicar em japonês, compreendo algo de espanhol, e agora também consigo dialogar em coreano. Assim, pela bênção de Deus, tem sido um caminho bastante proveitoso e estou em constante evolução.

Em termos de culinária, enfrentou dificuldades?

O desafio com o alimentar na Coreia do Sul foi o mais desafiante de todos. A respeito da culinária japonesa, já é mais conhecida pelo povo brasileiro, com uma popularidade crescente nos últimos tempos, o sushi, aliás, deixo uma sugestão, se tiver a oportunidade, o sushi no Japão é incomparável, aqui no Brasil tendemos a adicionar muitos temperos, mas lá, o frescor do peixe é um atrativo à parte, é sublime, extremamente palatável, então para os adeptos, é simples se adaptar, no meu caso, apreciei bastante a iguaria, foi uma adaptação mais fácil. Em Portugal, existiam algumas alternativas brasileiras, inclusive um mercado verde-amarelo. Na Coreia, foi um pouco mais árduo, dado que o sabor deles é bastante peculiar, apreciam alimentos muito picantes ou de sabor agridoce, e por vezes você depara com carnes, aves, suínos adoçados ou extremamente condimentados. É bastante divergente do que estamos habituados, não dispõem de feijão, tão amado por nós, o arroz é do tipo asiático, mais grudento, então, é complexo, mas é indispensável ter abertura para se adaptar, estou vivendo essa situação e procuro experimentar de tudo quando possível.

Possui alguma orientação para quem deseja seguir o percurso que você trilhou?

Antes de tudo, esteja aberto a se reinventar, esse é um conselho essencial, pois diversos brasileiros chegam esperando que tudo continue como no Brasil, mas os territórios asiáticos são detentores de uma cultura extremamente arraigada em todos os aspectos, então não é simplesmente aterrissar e achar que tudo será como conhecíamos. É imprescindível se habituar a algumas práticas, assim sendo, se o indivíduo estiver preparado, o desafio se torna mais ameno, ainda desafiador, mas mais tranquilamente superável, e a própria Ásia está se destacando gradativamente no cenário futebolístico mundial. Antes, havia a percepção de que os jogadores que se mudavam para lá estavam, conforme se dizia, “se enterrando” por perderem espaço no mercado brasileiro ou europeu, todavia, essa visão se alterou, inúmeras equipes da Europa e do Brasil estão escrutinando jogadores que militam na Ásia. Se analisar o último período de transferências, identificará atletas saindo da Ásia e integrando equipes da Série A e B do futebol brasileiro, assim como times na Europa. Portanto, o que muitos consideravam ser uma opção apenas por razões pecuniárias, para economizar, na realidade, faz parte de um planejamento de carreira para ampliar mercados e progredir na indústria futebolística.

Gustavo_moretto
Especialista em Conteúdo, Apostas e Cassino Online | Website

Gustavo H. Moretto, especialista em cassino com mais de uma década de experiência em jogos online. Analisou milhares de cassinos, caça-níqueis e jogos, dominando bônus, métodos de pagamento e tendências. Seu foco é educar jogadores sobre riscos e recompensas, capacitando decisões informadas em apostas esportivas e cassinos online.