Em um veredito consensual, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) recusou a solicitação do atleta Igor Cariús para interromper o processo penal no qual ele é imputado por envolvimento em um complô de fraude de partidas. O envolvimento de Cariús na trama foi revelado durante a investigação denominada Operação Penal Máxima.
De acordo com o promotoria de Goiás, Igor Cariús aceitou dinheiro para deliberadamente receber um cartão amarelo em um jogo do Campeonato Brasileiro de 2022, atuando pelo Cuiabá. A equipe de defesa de Cariús sustentou que seu ato não resvala em infração penal, já que não modificou o desfecho do confronto. O magistrado responsável pelo caso no STJ, ministro Sebastião Reis Junior, ressaltou em seu veredicto que a quantidade de advertências acumuladas por um atleta pode ser um fator de desempate em uma disputa.
Ou seja, em torneios como o Brasileirão, essa questão pode afetar quais equipes ganham o título, são rebaixadas ou avançam para a Libertadores. Logo, a decisão não teve como fundamento apenas o resultado de um jogo em particular, visto que tal contexto poderia ter implicações na rodada decisiva do campeonato, o qual é realizado em sistema de pontos acumulados. Na esfera desportiva, Cariús sofreu penalidades, sendo suspenso por 360 dias e obrigado a pagar uma multa de R$40.000.
Em janeiro do corrente ano, ele conseguiu reformular parte de sua suspensão em sanção pecuniária. Essa medida foi concedida por Felipe Bevilacqua, o presidente interino do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Todavia, quando a questão voltou ao STJD, o presidente José Perdiz anulou a resolução de Bevilacqua.
Assim, a determinação do STJ prossegue com o processo criminal contra Igor Cariús ativo, evidenciando o empenho das autoridades em erradicar condutas que ponham em risco a honradez dos torneios esportivos.
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