As Olimpíadas de Paris 2024 trouxeram uma série de surpresas e disputas acirradas no quadro de medalhas, destacando-se especialmente a rivalidade crescente entre Estados Unidos e China, que disputaram cabeça a cabeça a liderança até o último momento. A França, país-sede, também chamou a atenção ao dobrar suas conquistas em relação à edição anterior, enquanto o Brasil não conseguiu repetir o bom desempenho das Olimpíadas passadas, ficando abaixo das expectativas.
Olimpíadas de Paris 2024: EUA e China
As duas maiores potências das Olimpíadas de Paris 2024, Estados Unidos e China, mostraram mais uma vez que estão no topo do esporte mundial. Em Paris 2024, a corrida pelo primeiro lugar no quadro de medalhas foi emocionante e permaneceu indefinida até a última final, disputada no basquete feminino. A vitória americana nessa partida igualou o número de ouros conquistados por ambos os países, com 40 cada. No entanto, os EUA levaram a melhor no critério de desempate, com um total de 126 medalhas contra 91 dos chineses.
Essa disputa acirrada reflete o equilíbrio cada vez maior entre as duas nações no cenário olímpico. Comparado a Tóquio 2020, os Estados Unidos adicionaram 13 medalhas ao seu total, enquanto a China aumentou em apenas duas, ambas de ouro. No entanto, os americanos viram alguns de seus tradicionais fortes, como vôlei de praia, natação masculina e basquete 3×3, não renderem como esperado, o que impediu um maior número de ouros.
Os chineses, por outro lado, ampliaram sua atuação de maneira mais sólida em diversas modalidades, passando de 21 para 23 esportes medalhados. Já os Estados Unidos aumentaram sua presença de 27 para 34 modalidades, mostrando uma diversidade ainda maior nas conquistas.
Brasil: Resultados Aquém do Esperado
Enquanto a disputa entre EUA e China dominava as manchetes, o Brasil experimentou uma performance decepcionantenas Olimpíadas de Paris 2024. Comparado a Tóquio 2020, o país caiu de posição no quadro de medalhas, terminando em 20º lugar, um recuo significativo das oito posições em relação à última edição. O total de medalhas também diminuiu, passando de 21 para 20, com destaque negativo para a redução drástica no número de ouros, que foi de sete para apenas três.
Apesar do desempenho global abaixo do esperado, o protagonismo feminino foi um ponto positivo para o Brasil. As atletas brasileiras conquistaram 12 das 20 medalhas do país, e todos os três ouros vieram do esporte feminino. Este avanço é notável, especialmente quando se considera o crescimento em modalidades como a ginástica artística, que rendeu ao Brasil quatro medalhas, incluindo a inédita conquista por equipes.
Entretanto, o Brasil também enfrentou decepções em esportes que tradicionalmente trazem bons resultados. A natação, por exemplo, ficou sem medalhas pela primeira vez desde Atenas 2004, enquanto o boxe, que vinha de um ciclo vitorioso, conquistou apenas uma medalha. Essas quedas de rendimento em modalidades-chave explicam em parte a queda no desempenho geral do país.
França: O Fator Casa e o Salto de Rendimento
Historicamente, países-sede tendem a melhorar seu desempenho olímpico, e a França não foi exceção nas Olimpíadas de Paris 2024. Comparado a Tóquio 2020, os franceses quase dobraram o número de medalhas, passando de 33 para 64, com um impressionante aumento de 16 ouros, seis a mais do que na última edição. Este salto levou a França a terminar em quinto lugar no quadro de medalhas, atrás apenas de Estados Unidos, China, Japão e Austrália.
Os franceses ampliaram sua presença no pódio em 27 modalidades diferentes, 11 a mais do que em Tóquio. O maior destaque foi na natação, onde conquistaram quatro ouros, uma prata e dois bronzes, contrastando com o único pódio que conseguiram no Japão. Este crescimento significativo reforça a ideia de que a França, como país-sede, conseguiu canalizar recursos e energias para maximizar seu desempenho em casa.
A Ausência da Rússia e suas Consequências
A exclusão da Rússia das Olimpíadas de Paris 2024 devido à invasão da Ucrânia teve um impacto significativo na distribuição das medalhas. Com a Rússia fora, muitos países acabaram herdando pódios que tradicionalmente seriam dominados pelos russos. Os poucos atletas russos e bielorrussos que competiram sob a bandeira de “Atletas Independentes Neutros” não conseguiram replicar o sucesso anterior, conquistando apenas cinco medalhas, sendo uma de ouro, duas de prata e uma de bronze.
Esportes como o wrestling, onde a Rússia brilhou em Tóquio com quatro ouros e quatro bronzes, viram uma nova distribuição de medalhas. O Japão, por exemplo, se destacou ao conquistar oito ouros, uma prata e dois bronzes, resultado que o colocou em uma posição de destaque no quadro geral. Além disso, países como Coreia do Sul, China e França também se beneficiaram da ausência russa, capturando medalhas em modalidades onde a Rússia tradicionalmente dominava.
O Desempenho Abaixo do Esperado da Jamaica
A Jamaica, conhecida por sua tradição no atletismo, especialmente nas provas de velocidade, teve um desempenho decepcionante em Paris 2024. O país caribenho conquistou apenas um ouro no arremesso de disco com Roje Stona, marcando seu pior resultado neste século. Em provas de pista, a Jamaica não conseguiu nenhuma vitória, algo inédito desde Sydney 2000.
Apesar disso, a Jamaica ainda conseguiu três pratas, incluindo uma em prova de velocidade com Kishane Thompson no 100m masculino, e dois bronzes. Mesmo assim, esse resultado foi bem abaixo das expectativas, considerando a rica tradição jamaicana em provas de atletismo.
Japão: Domínio nos Esportes Jovens
O Japão continuou a dominar os novos esportes olímpicos, assim como fez em Tóquio 2020. Em Paris, os japoneses conquistaram quatro medalhas no skate, incluindo ouros no street feminino e masculino, além de pratas no street e park femininos. O país também brilhou no breaking, levando o ouro no feminino. A média de idade dos medalhistas japoneses nesses esportes foi de 18,8 anos, reforçando a conexão do país com as modalidades mais jovens e urbanas.
Paris 2024 será lembrada como uma edição dos Jogos Olímpicos marcada pela intensa disputa entre EUA e China, o crescimento significativo da França em casa e as surpresas, tanto positivas quanto negativas, envolvendo diversas nações. Enquanto o Brasil teve um desempenho abaixo do esperado, a rivalidade entre as maiores potências olímpicas continua a definir o panorama do esporte mundial, prometendo ainda mais emoção e competitividade nos próximos anos.
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Jornalista, especialista em conteúdo web há mais de 10 anos. Analisou e escreveu sobre diversos temas, até se apaixonar pelo esporte e outros temas. Seu foco é levar informações valiosas para os leitores com conteúdo de qualidade.