A FIFA expressou respaldo contundente a Ednaldo Rodrigues, que foi reconduzido recentemente ao posto de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), durante períodos conturbados na administração da organização. Um magistrado o havia destituído da função em 7 de dezembro, sob alegações de falhas no processo eleitoral que o designou presidente, mas, após 27 dias, o Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima, o devolveu ao cargo.

“Recebemos com contentamento e alívio o veredito do STF que reconduz o presidente ao seu posto”, manifestou Emilio García, consultor jurídico da principal instituição do futebol global, em sua passagem pela cidade do Rio de Janeiro. A entidade prometeu preservar a “independência” da CBF, depois de alertas sobre possíveis punições ao esporte brasileiro, tanto a nível de clubes quanto de seleções, em virtude do julgamento prévio que depôs Rodrigues.

“Triunfa o futebol do Brasil, não apenas seu líder. Quando houver segurança de que sua independência está restabelecida, assim como a participação de seus clubes em torneios internacionais para os quais foram qualificados e suas seleções, em disputas, estamos reconstituindo o futebol nacional”, garantiu García. O conselheiro da Espanha tem programado uma série de encontros com lideranças do mundo do futebol durante seu período no Brasil.

“Restaurar a estabilidade no futebol brasileiro”

Tanto a FIFA quanto a Conmebol já haviam prevenido que não reconheceriam um administrador nomeado por uma decisão inicial da corte. Portanto, foi planejada a ida de García, a fim de inspecionar se as sentenças judiciais constituem alguma forma de intromissão na CBF.

Em contraposição, Rodrigues declarou que é o momento de “reativar a estabilidade no esporte futebolístico brasileiro”. Seguindo seu regresso à liderança, exonerou o treinador Fernando Diniz, enquanto o São Paulo já esperava que seu comandante, Doríval Junior, abandonasse sua posição para sucedê-lo.