Fernando Diniz foi apresentado oficialmente ontem (5) como o novo técnico da Seleção Brasileira e também concedeu sua primeira entrevista no cargo. O escolhido não pôde esquivar-se de questionamentos sobre o futuro da equipe e, em especial, a respeito do impacto que Carlo Ancelotti exercerá neste ciclo rumo à Copa do Mundo FIFA de 2026.
A estreia de Diniz como técnico está marcada para setembro, nas duas primeiras partidas das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026: nos dias 4 e 12, frente à Bolívia, em local a ser definido, e Peru, em Lima. Em agosto, o treinador fará sua primeira convocação no comando do Brasil. Até lá, Diniz continuará comandando o Fluminense.
A influência de Ancelotti neste ciclo de um ano
“Não conversei com Ancelotti. Uma condição bastante clara para exercer meu trabalho é autonomia total, e uma das atribuições que tenho é realizar as convocações. O presidente da CBF foi muito explícito quanto a isso. Já dialoguei com muitas pessoas, jamais conseguiria executar o que faço sozinho. Contaremos com a equipe da CBF, trarei algumas (pessoas), mas isso é uma questão que vamos definir aos poucos para não apressar e errar,” declarou Diniz durante uma coletiva de imprensa.
Fernando Diniz recebeu significativo apoio na seleção brasileira desde a Copa do Mundo.
Thiago Silva, Neymar, Bruno Guimarães, Antony e Daniel Alves elogiaram veementemente o técnico e incentivaram a CBF a contratá-lo. pic.twitter.com/s1isisrtIo
— AllThingsSeleção ™ (@SelecaoTalk) 4 de julho de 2023
Mudanças necessárias na cultura do futebol Brasileiro atualmente
“Um dos pontos que precisamos rever no Brasil é essa conexão com os resultados. Avaliamos o valor da equipe, das pessoas, com um gol que entra, um gol que não entra. A seleção foi superada pela Croácia (na Copa do Mundo de 2022) apesar de ter apresentado um futebol muito superior. Perderam nos pênaltis e as pessoas acham que tudo esteve errado,” ele refletiu.
“Quem trabalha de determinada maneira, acreditando no processo, sabe que nem tudo está perdido quando um goleiro falha, quando o gol não acontece. Há coisas que transcendem isso. Existe um desejo muito infantil de sempre buscar um herói e um vilão,” prosseguiu Diniz.
Sobre as futuras convocações, Diniz foi categórico.
“Minha proposta é selecionar os melhores jogadores para vencer a próxima partida. Isso é o que significa preparar a seleção para mim. Terei à disposição os melhores recursos humanos do mundo, jogadores de renome.”