Após períodos repletos de dúvidas a respeito do destino profissional de Carlo Ancelotti, o treinador italiano renovou seu compromisso com o Real Madrid, dissipando assim as especulações de um eventual traslado para a seleção brasileira no verão de 2024.

No decorrer daquela fase, Ancelotti esforçou-se para desmentir repetidas vezes qualquer entendimento prévio com o Brasil, a despeito da pressão de veículos de comunicação do Brasil, que estavam munidos de declarações da gestão de Ednaldo Rodrigues manifestando expectativa quanto à nomeação do Canarinha.

Contudo, seja pelo desligamento de Ednaldo ou pela agilidade do Real Madrid, a relação entre Ancelotti e o Brasil resultou em uma combinação de fatores que não se concretizou.

Agora com o contrato renovado, Carlo Ancelotti expressou transparentemente sua visão sobre o interesse do Brasil e as razões que o convenceram a prolongar sua estadia junto ao Real Madrid.

O estrategista italiano deu início ao ano abordando a imprensa antes da 19.ª rodada do campeonato, momento em que enfrentou perguntas sobre diversas questões de seu elenco. No entanto, eventualmente, surgiu o ponto sobre sua extensão contratual e a possibilidade de se aposentar.

Indagado se o posto no Real Madrid representaria o derradeiro de sua jornada como técnico, o italiano declarou como segue:

“Sim, embora isso não tenha que acontecer em 2026. Tenho a esperança de permanecer (no Real Madrid) até 2027 ou 2028. Aprecio Madrid e desejo continuar aqui.”

Na ocasião da entrevista coletiva, colocou-se em questionamento a respeito da genuinidade das negociações com o Brasil e sobre as alegações de Ednaldo, que vislumbrava Ancelotti à frente da Seleção Brasileira na Copa América. Na equipe merengue, o técnico não titubeou ao esclarecer a situação:

“A verdade é o que todos estão cientes, e o Real Madrid também está, que mantive diálogos com o presidente, com quem ocupava a presidência da Confederação Brasileira naquela etapa, Ednaldo Rodrigues. E desejo expressar meu agradecimento, pois ele me prestou muito afeto e interesse em dirigir a Seleção Brasileira.”

“Isso me encheu de orgulho, fiquei verdadeiramente lisonjeado, porém tudo estava atrelado ao que ocorresse com minha condição no Real Madrid, o que se esclareceu para todos. Posteriormente, nos últimos tempos, Ednaldo Rodrigues não mais presidiu a Confederação Brasileira, porém essa foi a circunstância.”

“De fato houve diálogo, tal como mencionei e reitero, desejo agradecer-lhe pelo enorme afeto demonstrado, mas os eventos se desdobraram conforme meu desejo: permanecer aqui.”