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Após cinco títulos consecutivos, o Brasil enfrenta sua pior campanha desde 2017, mesmo com brilho de Italo Ferreira e Tatiana Weston-Webb, no WSL.

A temporada da World Surf League (WSL) chegou ao fim, e com ela, uma realidade inédita para o surfe brasileiro. Após uma sequência impressionante de cinco títulos mundiais seguidos, o Brasil não conseguiu manter o domínio absoluto, com o havaiano John John Florence retomando a coroa do campeonato mundial. Apesar do esforço de surfistas como Italo Ferreira e Tatiana Weston-Webb, o ano de 2023 marcou a pior campanha brasileira desde 2017.

Um Desempenho Fora do Padrão na WSL

A trajetória vitoriosa do Brasil na WSL começou em 2014, quando Gabriel Medina conquistou seu primeiro título mundial. Desde então, o país manteve uma presença forte no pódio. No entanto, em 2023, esse domínio foi quebrado por Florence, que garantiu seu tricampeonato mundial. A derrota foi um duro golpe, considerando o talento e a consistência que o Brasil vinha apresentando nos últimos anos.

O Formato de Finals: Uma Crítica ao Sistema

Um ponto polêmico entre os atletas e fãs do surfe foi o formato das finais da WSL, o chamado Finals Day. Muitos, incluindo alguns dos próprios competidores, criticam esse sistema, que permite que o campeão mundial seja decidido em apenas um dia de competição. Surfistas que tiveram um desempenho sólido ao longo de toda a temporada correm o risco de perder o título em uma única bateria. Embora essa seja a regra, não há como negar que ela pode parecer injusta, especialmente para quem domina a temporada regular.

Ainda assim, Italo Ferreira e Tatiana Weston-Webb mostraram por que são dois dos principais nomes do surfe mundial, chegando ao Finals e mantendo a tradição brasileira no topo das competições.

O Desafio para Italo e Tati

A temporada de WSL foi marcada por altos e baixos para os surfistas brasileiros. Italo e Tati enfrentaram grandes desafios ao longo do ano, mas conseguiram se recuperar nas etapas finais e assegurar suas vagas entre os cinco melhores do mundo. Ferreira, em particular, brilhou ao vencer duas etapas importantes: Taiti e Brasil, mostrando mais uma vez que seu talento é indiscutível.

Já Tatiana Weston-Webb, apesar de enfrentar concorrência acirrada, conseguiu se destacar ao fazer uma final em Fiji e duas semifinais da WSL, em Taiti e no Brasil. Mesmo com esses feitos, 2023 representou um ano de dificuldades para ambos, com momentos em que suas classificações para o Finals estavam em risco.

O Surgimento de Novos Adversários

Um dos motivos que explicam a queda de desempenho do Brasil é a crescente competitividade no circuito mundial. Os adversários estão cada vez mais fortes, com surfistas de diferentes países elevando o nível técnico do campeonato. Nomes como Ethan Ewing, Jack Robinson e Griffin Colapinto surgiram como ameaças reais ao domínio brasileiro, além, é claro, de Florence, que recuperou sua forma e conquistou o tricampeonato.

Além disso, fatores como as mudanças nos critérios de julgamento e a escolha dos locais das etapas também impactaram o desempenho dos brasileiros, que precisaram se adaptar a essas novas condições.

Um Corte Difícil no Meio da Temporada

A temporada da WSL foi especialmente desafiadora para os brasileiros devido ao corte no meio do ano, uma medida adotada pela WSL para reduzir o número de competidores nas etapas finais. Entre os surfistas eliminados estavam nomes importantes como Miguel Pupo, Samuel Pupo, Caio Ibelli e Deivid Silva. A ausência desses atletas nas últimas etapas deixou o Brasil em desvantagem, dificultando a busca por bons resultados no ranking.

Com Medina, Italo e Yago Dora enfrentando ameaças de eliminação, o risco de não ter representantes brasileiros no Finals era real. Mas, na segunda metade do ano, os atletas conseguiram reagir e se recuperar.

A Reação Brasileira na Segunda Metade da Temporada

A segunda parte da temporada foi crucial para Italo Ferreira, que venceu em Taiti e no Brasil, e Yago Dora, que fez duas finais em El Salvador e no Brasil. Mesmo sem conseguir garantir uma vaga no Top 5, Gabriel Medina também se destacou, alcançando as semifinais em Taiti e El Salvador. Porém, pela primeira vez em sua carreira, o tricampeão mundial não chegou a uma final em uma temporada completa.

Essa recuperação tardia foi fundamental para Italo e Tati, que conseguiram garantir suas vagas no Finals, mantendo o Brasil representado nas fases decisivas.

O Finals WSL: Uma Exibição de Talento

No Finals, Italo Ferreira entrou em modo “Brabo”, mostrando toda sua habilidade nos aéreos, especialmente no confronto contra Ethan Ewing. Italo utilizou seu estilo agressivo e arriscado para vencer o australiano, garantindo sua vaga para enfrentar John John Florence na grande final. No entanto, o havaiano demonstrou por que é um dos maiores surfistas da história, vencendo o primeiro confronto por uma pequena margem e dominando a segunda bateria para garantir o título mundial.

Tatiana Weston-Webb também teve uma atuação brilhante no Finals, superando adversárias como Molly Picklum e Brisa Hennessy antes de enfrentar Caroline Marks. Em uma disputa acirrada, Tati acabou perdendo por uma diferença mínima, mas seu desempenho ao longo do dia garantiu-lhe um honroso terceiro lugar.

Expectativas para a próxima temporada

Com o fim da temporada da WSL, as expectativas para o próximo ano são altas. O Brasil mostrou que, apesar das dificuldades, ainda possui talentos de nível mundial, como Italo Ferreira, Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb. A competitividade está maior do que nunca, e a próxima temporada promete ser emocionante.

A mudança do Finals para Fiji é uma novidade que pode beneficiar surfistas como Medina e Florence, que são conhecidos por seu desempenho em ondas grandes e desafiadoras. Um possível confronto entre esses dois atletas, ambos em busca do quarto título mundial, já está sendo aguardado com grande expectativa pelos fãs do surfe.

No feminino, a jovem geração de surfistas, liderada por Caitlin Simmers, promete continuar dominando, mas não podemos descartar a possibilidade de Tati finalmente conquistar seu tão sonhado título mundial.

Enquanto a próxima temporada do WSL não chega, o Brasil se prepara para voltar com tudo às ondas e, quem sabe, retomar o posto de campeão mundial.

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