Uma pesquisa realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades de Mercado) aponta que um número maior de brasileiros está se dedicando às apostas esportivas em detrimento dos investimentos em Bolsa de Valores. No ano de 2023, 14% da população (aproximadamente 22 milhões de indivíduos) efetuou ao menos um palpite em jogos online, enquanto somente 2% alocavam recursos no mercado de ações.
O método de aplicação mais frequente do que as apostas continua sendo a poupança, utilizada por 25% dos habitantes.
Perfil dos apostadores esportivos
A maioria dos que fazem apostas pertence às classes A, B e C. O levantamento indica um domínio do público masculino (63%), com destaque para a geração Z (nascidos entre 1997 e 2010), seguida de perto pelos millennials (de 1981 a 1996).
Esses jovens, em sua grande parte do sexo masculino, apresentam uma elevada afinidade com o ambiente digital e buscam emoção.
Entre os que fazem apostas, 43% aplicam em instrumentos financeiros por meio de apps bancários. Os investimentos mais escolhidos compreendem a poupança (21%), criptoativos (12%) e debêntures (7%).
Visão das apostas desportivas como investimentos
A Anbima constatou que 22% dos participantes da enquete enxergam as apostas desportivas como um modalidade de aplicação. O entendimento do que é investir é extenso para esse público, incluindo desde tratamentos estéticos até capacitações e vestuário.
Qualquer coisa que possa gerar um ganho emocional ou financeiro no curto ou médio prazo é encarado como um investimento.
Para diversos indivíduos, jogar pode ser uma estratégia para adquirir capital de maneira célere em momentos de urgência. Entretanto, do ponto de vista técnico, um investimento é considerado uma alocação financeira que se pretende que cresça em valor à medida que o tempo passa, diferentemente de produtos e serviços.
Ensinos para as instituições financeiras e efeitos no consumo
Na sua 7ª versão do estudo, a Anbima incorporou as apostas desportivas depois de notar sua influência sobre os aplicadores. Marcelo Billi, alto executivo da Anbima, aponta que há lições para as entidades financeiras a partir das interfaces de jogos online.
Com isso, as companhias que trabalham com desportos populares e proporcionam um ambiente excitante para adultos, critério que as finanças deveriam adaptar para descomplicar o processo de aplicar dinheiro.
Por último, uma análise do Instituto Locomotiva direcionada às classes C, D e E indicou que os que fazem apostas rotineiramente desembolsam, em média, R$56. Portanto, os recursos que antes eram destinados à poupança e ao entretenimento, agora são redirecionados para as apostas.
Gustavo H. Moretto, especialista em cassino com mais de uma década de experiência em jogos online. Analisou milhares de cassinos, caça-níqueis e jogos, dominando bônus, métodos de pagamento e tendências. Seu foco é educar jogadores sobre riscos e recompensas, capacitando decisões informadas em apostas esportivas e cassinos online.
