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No auge do verão de 2017, Neymar surpreendeu o planeta futebolístico ao abandonar o Barcelona para se unir às fileiras do Paris Saint-Germain. Até aquele instante, o astro brasileiro integrava um dos ataques mais temidos da Europa, juntamente com Lionel Messi e Luis Suárez, famosamente chamados MSN, uma sigla derivada das iniciais de seus nomes.

Ao dialogar com Juan Pablo Varsky no seu canal no YouTube ‘Clank!', o goleador uruguaio confessou que ele e o ícone argentino buscaram persuadir Ney para permanecer.

“Estávamos nos EUA quando ocorreu a transferência. Alertamos que era um equívoco partir naquela ocasião. Se existisse uma oportunidade para ele ascender ao topo como melhor do mundo, seria ao lado de Leo, que o elevava ainda mais”, relatou Suárez. “Ele optou por sair, algo que era respeitável naquele momento. Como bons amigos, precisávamos falar, orientá-lo. A sua saída criou um imenso vazio. Precisávamos aceitar aquilo. Empenhamo-nos ao máximo, porém foi árduo. Mantivemos diálogos com ele.”

Luis Suárez recorda com afeto o período ao lado de Messi e Neymar

“A história começou numa partida contra o Ajax. Leo estava atuando como falso centroavante. Luis Enrique pediu a Leo para se posicionar ali, enquanto Ney e eu fazíamos infiltrações diagonais”, rememorou Suárez acerca do início do MSN. “Uma vez que não estávamos nos entrosando, Leo sugeriu: ‘Gordito, fique na posição de 9, e eu vou escorar pela ala direita.' Foi então que Luis notou que ficávamos mais à vontade. Um treinador como Luis sabia que deveria proporcionar conforto a Leo, sendo o melhor do planeta. Fora das quatro linhas, a amizade com Leo e Ney era incrível. A conexão entre nós três era maravilhosa.

“Naquele momento eu brilhava pelo Liverpool e, ao lado de Leo e Ney, todos questionavam como funcionaria nossa colaboração em campo. Comprovamos que éramos cooperativos, companheiros, e cientes de que cada um desempenhando seu papel, faríamos o Barcelona prosperar. Cheguei no Barcelona sabendo que não iria, como fazia no Liverpool, driblar dois ou três e finalizar a gol. Eu passava para eles criarem e fazerem a diferença. Assim que perceberam nosso compromisso com a marcação de gols e a luta contra as defesas adversárias, sem qualquer traço de egoísmo, nossos colegas de equipe entenderam isso. Em um mau dia de um de nós três, os outros se alegrariam com os gols marcados pelos demais. Em 2016, o elenco todo do Barcelona me auxiliou a conquistar a Chuteira de Ouro. Concederam-me pênaltis mesmo que não fosse o batedor habitual, em reconhecimento ao meu esforço. Até de falta eu marquei, ao simplesmente empurrar a bola. Serei eternamente agradecido por tudo que fizeram por mim”, enfatizou Suárez.