Dorival Júnior assumiu hoje o cargo de técnico da Seleção Brasileira com um apelo para “redescobrir” o caminho e prometeu “Seleção do povo”, depois de alguns maus resultados que fizeram com que os “torcedores perdessem o carinho e o amor” pela equipa. Seu contrato é até depois da Copa do Mundo de 2026.

“Com o futebol brasileiro aprendemos o caminho da vitória e precisamos reencontrá-lo”, disse o técnico paulista de 61 anos, durante sua apresentação oficial no Rio de Janeiro.

“O Tite fez um dos trabalhos mais bonitos dos últimos anos com uma seleção. Infelizmente, isso não aconteceu nas duas Copas do Mundo. Mas foi um trabalho do mais alto padrão e temos que elogiá-lo muito. Acho que ele fez todo o possível para se aproximar dos fãs. Conto muito com a sua presença e participação, com sugestões e ideias, para mudar um pouco isso. Fazer da Seleção realmente a Seleção do povo brasileiro”, disse ao elogiar um de seus antecessores.

“Os torcedores perderam o carinho e o amor pela seleção brasileira. Temos que mudar isso. Só mudaremos quando pararmos de dividir, temos que unir forças”, acrescentou. “É um momento difícil que estamos passando? Sim, mas nada impossível de reverter rapidamente”, acrescentou na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

“O futebol brasileiro é muito forte, se reinventa, mas não consegue viver um momento como o que está acontecendo. Talvez sirva de lição para assimilarmos rapidamente e encontrarmos um novo caminho”, comentou sobre a crise desportiva e institucional que vive o pentacampeão mundial.

Dorival: “Eles acreditam um pouco mais na seleção”

“Eles acreditam um pouco mais no time deles”, disse o treinador e disse estar “animado” para assumir o desafio, que surge depois de comandar o São Paulo, que comanda desde abril de 2023 e que retornará ao Copa Libertadores deste ano graças ao triunfo na Copa do Brasil.

O técnico fará sua estreia em março, nos amistosos que o Brasil fará contra Inglaterra e Espanha, na Europa. Depois virá o desafio da Copa América, que será disputada nos Estados Unidos entre 20 de junho e 14 de julho, e completará 2024 com a retomada das Eliminatórias, onde o Seleção está em sexto lugar após três derrotas consecutivas sob a liderança de Fernando Diniz.