Gabriel Milito não é mais o técnico do Atlético-MG. Após uma série de resultados negativos, incluindo derrotas nas finais da Copa do Brasil e da Conmebol Libertadores, além de um jejum de 12 jogos sem vitória, a direção do clube mineiro decidiu pela saída do treinador argentino. A decisão foi tomada em comum acordo entre as partes, após uma conversa entre Milito e os dirigentes.
A derrota para o Vasco, por 2 a 0, na última quarta-feira, em São Januário, foi a gota d'água para o término da relação entre o Galo e o técnico. A partida, válida pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, selou o destino do treinador, que não chegou a conceder entrevista coletiva após o jogo. Em vez disso, foi o diretor de futebol do clube, Victor Bagy, quem confirmou a saída de Milito.
A decisão da saída de Gabriel Milito
Em entrevista, Victor Bagy explicou como a decisão foi tomada e os motivos que levaram à saída de Milito. Segundo o dirigente, a conversa no vestiário após a derrota para o Vasco foi decisiva. “Foi uma conversa longa, na qual debatemos muito o nosso atual momento. Conversamos muito com o Milito, percebendo o cansaço e os esforços que ele fez nos últimos jogos, mas sem termos uma resposta efetiva em termos de resultados”, afirmou Bagy. Ele completou dizendo que o cansaço mental de Milito, combinado com a sequência de maus resultados, levou à conclusão de que a continuidade do trabalho não seria benéfica para nenhuma das partes.
Bagy também destacou que a avaliação inicial do trabalho de Gabriel Milito, realizada pela cúpula do Atlético-MG, foi positiva, mas que a derrota para o Botafogo, especialmente após a expulsão de Gregore e a falta de mudanças ainda no primeiro tempo, pesou muito na decisão. “A ideia inicial era reavaliarmos o trabalho ao final da temporada, mas após a conversa pós-jogo, ficou claro o esgotamento de Milito. Percebemos que não conseguiríamos extrair mais performance da equipe”, completou o diretor.
A saída de Gabriel Milito marca o fim de um ciclo de 62 jogos comandando o Atlético-MG, no qual obteve 23 vitórias, 20 empates e 19 derrotas. Sua passagem pelo clube teve momentos de brilho, mas também de frustração, e o desgaste causado pelos resultados negativos na reta final da temporada levou à decisão de parte dos dirigentes do Galo.
Primeiras impressões e desafios iniciais
Gabriel Milito chegou ao Atlético-MG em março de 2023, substituindo Luiz Felipe Scolari, e teve um início promissor no comando da equipe. O treinador argentino fez sua estreia no Campeonato Mineiro, e logo de cara, conquistou o título estadual, derrotando o rival Cruzeiro na final e conquistando o primeiro troféu de sua carreira como treinador. Esse sucesso inicial aumentou a expectativa da torcida do Atlético-MG, que via em Milito um técnico promissor capaz de levar o time a novos títulos.
Milito teve um começo avassalador, com uma sequência invicta de 12 partidas, que incluiu vitórias importantes e o retorno da confiança no elenco. No entanto, o desempenho da equipe, que parecia estar em uma ascensão, começou a oscilar, e o Atlético-MG passou a ter uma série de resultados irregulares. O time passou a apresentar dificuldades para manter o bom desempenho, especialmente em confrontos diretos, o que gerou uma crescente frustração tanto por parte da comissão técnica quanto da torcida.
Apesar dos altos e baixos, Milito foi capaz de recolocar o time nos trilhos em outubro de 2023. O Atlético-MG emendou uma sequência de cinco jogos invictos no Campeonato Brasileiro e ainda teve a notável vitória por 3 a 0 sobre o River Plate, na partida de ida das semifinais da Conmebol Libertadores, o que reacendeu a esperança de conquistas para o time. No entanto, o Atlético não conseguiu manter a consistência desejada, e as derrotas nas finais de competições importantes começaram a pesar no julgamento da gestão de Milito.
Frustração nas finais da Copa do Brasil e da Libertadores
Gabriel Milito teve a oportunidade de brigar por títulos importantes durante sua passagem pelo Atlético-MG. O time chegou à final da Copa do Brasil, onde enfrentou o Flamengo, mas foi derrotado. Após um revés por 3 a 1 no jogo de ida, o Galo não conseguiu reverter a situação e perdeu também o jogo da volta por 1 a 0 na Arena MRV, perdendo o título nacional para o time carioca.
Na Conmebol Libertadores, Gabriel Milito conduziu o Galo até a final, em Buenos Aires, onde o time enfrentou o Botafogo. O Atlético-MG jogou suas fichas na decisão continental, mas, assim como na Copa do Brasil, o time não conseguiu conquistar o troféu. O Botafogo venceu por 3 a 1 e garantiu o título, o que frustraram as expectativas da torcida do Atlético-MG, que esperava finalmente ver o time campeão da Libertadores após um longo jejum.
Essas derrotas, somadas a um desempenho irregular durante o Campeonato Brasileiro, fizeram com que a confiança no trabalho de Milito começasse a ser questionada, e a decisão pela mudança foi tomada por parte da diretoria.
A reta final do Campeonato Brasileiro e o impacto da saída de Gabriel Milito
A derrota para o Vasco, que aumentou a sequência de 12 jogos sem vitórias do Galo, acelerou o processo de desligamento de Gabriel Milito. O Atlético-MG segue com dificuldades no Campeonato Brasileiro, sem conseguir garantir uma vaga direta para a próxima edição da Libertadores e com o risco de ficar fora até da Copa Sul-Americana. A falta de uma reação concreta no segundo turno do Campeonato Brasileiro e os erros de decisão nas partidas-chave foram determinantes para o enfraquecimento do trabalho de Gabriel Milito.
A saída de Gabriel Milito coloca o Atlético-MG em uma situação delicada na reta final da temporada, com o time precisando de uma reestruturação urgente para tentar resgatar a confiança dos jogadores e da torcida. A mudança no comando técnico também cria um cenário de incerteza quanto à direção que o clube tomará nas próximas temporadas, seja com a contratação de um novo treinador ou com ajustes no elenco para que o time consiga recuperar sua competitividade.
O futuro do Atlético-MG após a saída de Milito
A saída de Gabriel Milito é um marco na temporada do Atlético-MG, que terá de se reinventar para conseguir melhorar sua performance nas competições nacionais e internacionais. A torcida do Galo ainda espera que o clube consiga reagir e retomar o caminho das vitórias, mas a decisão de desligar Milito mostra que o time não podia continuar com o trabalho do treinador argentino diante dos resultados insatisfatórios e do desgaste emocional do elenco.
Agora, o Galo entra em um período de incerteza e precisará tomar decisões estratégicas para garantir um futuro mais promissor, seja com a contratação de um novo técnico ou com uma reestruturação interna. O desafio será encontrar alguém capaz de devolver ao Atlético-MG a competitividade e o brilho que a torcida espera de um dos maiores clubes do futebol brasileiro.
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