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O Atlético-MG vive um momento de transição tática sob o comando de Gabriel Milito. O técnico argentino explica as mudanças e adaptações feitas na equipe para lidar com os desafios recentes, visando recuperar a confiança e manter os resultados.

Desde a chegada de Gabriel Milito ao Atlético-MG, sua visão de jogo foi clara: controlar a posse de bola, pressionar a saída adversária e ser agressivo em todas as fases do jogo. No entanto, com o passar do tempo, o time passou por algumas mudanças significativas na forma de jogar. Hoje, o Galo não prioriza mais a posse, recuou suas linhas e utiliza o contra-ataque como principal arma. Essas mudanças são fruto de vários fatores, mas todas têm o objetivo de resgatar a confiança do elenco e se adaptar às circunstâncias da temporada.

Mudanças Táticas no Atlético-MG

Logo no início de sua jornada no comando do Atlético-MG, Milito implementou um estilo de jogo baseado na posse de bola e na pressão intensa. Os resultados foram promissores, e o Galo engrenou uma sequência de 12 jogos de invencibilidade, com oito vitórias e quatro empates. Além disso, conquistou o título do Campeonato Mineiro e garantiu a liderança do grupo na Conmebol Libertadores, resultados que elevaram a moral da equipe e a colocaram como uma das favoritas em várias competições.

O esquema tático adotado naquela fase incluía uma formação com três zagueiros, aproveitando as qualidades ofensivas de Guilherme Arana e Gustavo Scarpa pelos lados do campo. Paulinho e Hulk, dois dos principais jogadores do elenco, jogavam centralizados, formando uma dupla perigosa para as defesas adversárias.

No entanto, essa boa fase foi seguida por um período de oscilação. A equipe passou por dificuldades, agravadas pela Copa América, que resultou na convocação de vários jogadores, e também por lesões, que deixaram o time desfalcado em momentos cruciais. Em alguns jogos, o Atlético-MG chegou a não ter um banco de reservas completo, o que impactou diretamente no desempenho.

A Necessidade de Adaptação

Com a queda de rendimento, as críticas começaram a surgir, e as dúvidas sobre o estilo de jogo implantado por Milito se intensificaram. Foi então que o treinador decidiu promover algumas mudanças táticas, especialmente nas quartas de final da Copa do Brasil, onde ajustes foram necessários para estabilizar a equipe. Segundo Milito, a chave para essas alterações foi o momento da equipe e a necessidade de resgatar a confiança dos jogadores antes de retomar o estilo original de jogo.

“O início do nosso trabalho foi baseado em uma forma de jogar que nos deu bons resultados. No entanto, com as perdas de jogadores importantes, passamos a ter resultados negativos. Agora, era necessário jogar de outra forma, mas tenho certeza de que, aos poucos, vamos voltar ao estilo do início. O importante é entender o momento da equipe e trabalhar dentro dessas circunstâncias”, explicou Milito.

As mudanças, que incluíram um recuo das linhas e um foco maior na marcação no campo de defesa, trouxeram resultados imediatos. Nas duas partidas subsequentes, o Atlético-MG venceu ambas sem sofrer gols. Uma das principais alterações foi a reposição de Guilherme Arana em uma posição mais defensiva, além de um ajuste tático que posicionou Paulinho mais aberto no ataque.

Confiança, Adversários e Alternativas Táticas

Gabriel Milito foi enfático ao afirmar que a nova forma de jogar está diretamente ligada à confiança do time, à leitura dos adversários e à adaptação às circunstâncias da temporada. Ele destacou que, em uma temporada com tantas competições e uma carga de jogos tão alta, é inviável manter um nível ótimo de desempenho em todos os momentos.

“Não se pode manter um nível excelente durante toda a temporada, especialmente com tantos jogos. Às vezes, é preciso controlar melhor os espaços, se adaptar ao adversário e buscar alternativas. Já jogamos com uma linha de três zagueiros em muitos jogos, agora estamos jogando com uma linha de quatro. Paulinho jogou centralizado por muito tempo, agora está atuando mais aberto. Essa versatilidade é importante”, explicou o treinador.

Apesar das mudanças, Milito não abandonou sua filosofia de jogo original. Ele ainda sonha com um Atlético-MG que possa defender de forma agressiva no campo adversário, com qualidade na posse de bola. No entanto, o técnico reconhece que, devido à falta de tempo para treinamentos, não é possível implementar todas as suas ideias da forma desejada.

“O ideal seria termos mais tempo para treinar, mas, com tantos jogos, o foco acaba sendo a recuperação dos atletas. O único período em que tivemos uma semana completa para treinar foi antes do jogo contra o Cruzeiro. Desde então, é jogo atrás de jogo, o que limita a possibilidade de ajustar detalhes nos treinamentos”, disse Milito.

Impacto da Nova Estratégia

A nova abordagem tática trouxe ao Atlético-MG uma maior solidez defensiva. O time, que antes pressionava os adversários em todas as fases do jogo, passou a adotar uma postura mais cautelosa, esperando as oportunidades para contra-atacar. Isso resultou em uma defesa mais organizada e uma equipe que sofre menos pressão dos adversários.

Com essa estratégia, o Atlético-MG conseguiu recuperar a confiança, algo que havia sido perdido durante o período de oscilação. As duas vitórias recentes sem sofrer gols foram fundamentais para o time voltar aos trilhos e ganhar fôlego nas competições.

No entanto, o grande desafio para Milito será encontrar o equilíbrio entre essa nova abordagem e o estilo de jogo mais ofensivo e de posse que ele tanto valoriza. O treinador sabe que, para manter o time competitivo nas diferentes competições, precisará contar com um elenco completo e saudável, além de encontrar o momento certo para fazer a transição de volta para o seu estilo original de jogo.

Futuro do Atlético-MG sob o Comando de Milito

O futuro do Atlético-MG sob o comando de Gabriel Milito ainda promete muitas emoções. A equipe, que tem mostrado capacidade de adaptação e versatilidade tática, continua firme na busca por títulos. A grande questão que se coloca é se Milito conseguirá implementar novamente o seu estilo de jogo preferido, com posse de bola e pressão alta, ou se o time continuará a adotar uma postura mais conservadora, focada no contra-ataque.

Com a confiança recuperada e os jogadores se ajustando às novas demandas táticas, o Atlético-MG segue como um dos grandes candidatos a títulos nas competições que disputa. A torcida, por sua vez, espera que o time mantenha o bom momento e siga lutando por conquistas importantes.

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