O Brasil é berço de inúmeras lendas em sua narrativa esportiva, mas somente um seleto grupo consegue ultrapassar as barreiras temporais e marcar várias gerações. Inclusive aqueles que nunca puderam observar suas proezas diretamente em campos ou sessões de treinamento reconhecem o papel crucial de Mário Jorge Lobo Zagallo para o esporte rei no país.
O apelido ‘Velho Lobo', conferido a Zagallo, está vinculado tanto ao seu nome intermediário quanto à sua jornada no esporte. A parte ‘Lobo' de sua denominação já compunha sua identidade pessoal, enquanto o termo ‘Velho' é uma alusão à sua experiência abundante e conhecimento profundo sobre a arte futebolística.
Zagallo, que consagrou quase toda sua existência ao futebol, iniciando no América na infância e alcançando a gestão da Seleção em sua sétima década de vida, desempenhou um papel preponderâneo no elevação do Brasil ao palco internacional do futebol. Sua trajetória profissional é distinguida pelas quatro conquistas da Copa do Mundo com o Brasil, atuando como jogador, técnico e coordenador técnico.
Presenciando o desapontamento da derrota contra o Uruguai na decisão da Copa do Mundo de 1950 enquanto atuava como vigilante no Maracanã, Zagallo experimentou a glória de triunfar nos campeonatos mundiais de 1958 e 1962 como atleta, e de conduzir a seleção nacional ao triunfo memorável no México em 1970 na capacidade de treinador de uma equipe repleta de talentos. Em 1994, vinte e quatro anos depois, Zagallo exaltou a quarta estrela ao lado de Carlos Alberto Parreira na Copa do Mundo nos Estados Unidos.
O ‘Velho Lobo' imprimiu seu legado perene no futebol nacional, ofertando uma vida inteira à sua adoração por esse esporte. Um documentário recentemente lançado denominado “Zagallo: Vocês vão ter que me engolir” narra a evolução do mito do futebol desde seus inícios no América até sua atuação na Copa do Mundo de 2006 como coordenador técnico. A obra, disponibilizada no canal do Youtube do Sambafoot, traz entrevistas inéditas com antigos jogadores como Kaká, Cafú, Jairzinho, Pepe e Jorginho, bem como com jornalistas que documentaram as peripécias de Zagallo ao longo dos anos. A produção, um projeto inovador da série Sambafoot, tem direção de Patrick Saint Martin e produção de Geovanne Peçanha, expondo as vitórias e adversidades desse personagem emblemático do futebol nacional.
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