Palmeira, ícone do Danúbio e´ atacada por inseto apelidado de “gorgulho vermelho”

Os adeptos do Danubio, um eminente clube de futebol uruguaio e adversário do Athletico Paranaense na Copa Sul-Americana, estão passando por um período de desalento devido ao sofrimento de um dos mais estimados emblemas do time.

A palmeira, enraizada nas arquibancadas destinadas aos visitantes e que proporciona uma singularidade ao recinto esportivo, está à beira do falecimento por causa de um ataque de um inseto apelidado de “gorgulho vermelho”, um coleóptero de procedência asiática que tem devastado muitas palmeiras e que se disseminou de maneira acelerada pelo Uruguai em tempos recentes. O dirigente do clube, Arturo del Campo, reconheceu que as possibilidades de resgate da palmeira são escassas, limitando-se a “uma em 100”.

O referido vegetal se estabeleceu como um distintivo marcante do estádio situado no distrito Jardines del Hipódromo, na capital Montevidéu, denominado María Mincheff de Lazaroff em tributo à genitora dos criadores da agremiação. A palmeira foi instalada nos primórdios dos anos de 1980, transportada por partidários de um aterro sanitário adjacente para prover sombreamento.

Naquela época, uma área coberta para os visitantes não era existente, a qual só veio a ser erguida em 2001, seguindo o projeto inicial. Palco de diversos flagrantes da história do clube, a palmeira foi alvo de vandalismo por fãs do Club Sportivo Cerrito em 2004, ocasião na qual foi incendiada e requerido o auxílio dos bombeiros para salvá-la.

O Danubio garantiu sua presença na etapa de grupos da Copa Sul-Americana deste ano ao sobrepujar o Montevideo Wanderers com um marcador de 1 a 0 na etapa 1. Marca o segundo ano seguido em que a equipe participa do campeonato continental, enfrentando concorrentes como o Athletico Paranaense, Sportivo Ameliano (do Paraguai) e Rayo Zuliano (da Venezuela).