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Pesquisa revela que 68% dos brasileiros são apostadores

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A maioria dos brasileiros são apostadores (Fonte: Reprodução Google)

Em um contexto onde as apostas e os jogos de azar estão cada vez mais presentes na vida dos brasileiros, uma pesquisa inédita da Hibou, empresa especializada em pesquisas de mercado e comportamento, trouxe à tona dados surpreendentes sobre os hábitos dos apostadores no Brasil. Segundo o estudo, 68% da população brasileira participa de alguma forma de jogo de azar, seja em loterias, rifas, apostas esportivas ou outras modalidades. Esses números refletem um cenário em que as apostas se tornam cada vez mais comuns, influenciando tanto a cultura quanto a economia do país.

A loteria e a cultura de apostas no Brasil

A pesquisa da Hibou revelou que a loteria é a modalidade de apostas mais popular entre os brasileiros, com 47% dos entrevistados afirmando que costumam jogar. A loteria, mais do que qualquer outro tipo de aposta, está profundamente enraizada na cultura nacional. Para muitos, participar de um jogo de loteria é mais do que uma tentativa de ganhar dinheiro; é um momento de sonho, uma oportunidade de mudar de vida. Essa tradição é tão forte que a loteria se tornou parte do cotidiano de milhões de brasileiros, especialmente em épocas de grandes prêmios acumulados.

Lígia Mello, CSO da Hibou e responsável pela pesquisa, comentou sobre essa ligação cultural: “A loteria é uma tradição profundamente enraizada na cultura brasileira. Muitas pessoas veem nela uma oportunidade não apenas de ganhar dinheiro, mas de sonhar com uma mudança de vida.” Essa visão reflete o desejo de grande parte da população de escapar das dificuldades financeiras, ainda que as chances reais de ganhar sejam extremamente baixas.

Em segundo lugar nas preferências dos apostadores, aparecem as rifas, com 25% dos entrevistados dizendo que participam regularmente dessa modalidade. As rifas, assim como a loteria, são vistas como uma forma acessível de tentar a sorte, muitas vezes associadas a causas comunitárias ou beneficentes, o que pode aumentar o apelo entre os participantes. Logo atrás, com 11%, estão as apostas esportivas, conhecidas popularmente como “bets”, seguidas pelo bingo, com 10%, e pelos cassinos online, onde o jogo “Tigrinho” se destaca, com 8%.

Entre os apostadores, 53% admitiram que já gastaram mais do que ganharam em todas as modalidades que experimentaram. Esse dado é particularmente relevante, pois indica que, embora o sonho de ganhar esteja sempre presente, a realidade das perdas financeiras é uma experiência comum entre os jogadores. Além disso, a pesquisa mostrou que apenas 2% dos apostadores se consideram viciados, o que pode indicar uma subestimação dos riscos associados às apostas, especialmente considerando que 16% relataram já ter enfrentado problemas financeiros devido ao jogo.

Esses problemas financeiros frequentemente levam os apostadores a tomar medidas drásticas para cobrir suas perdas. Alguns recorrem a empréstimos de amigos, familiares, bancos e até agiotas, uma situação que pode agravar ainda mais as dificuldades econômicas das famílias envolvidas. O impacto das apostas, portanto, vai além do indivíduo, afetando também aqueles ao seu redor.

Propagandas e a influência dos influenciadores digitais

A influência das propagandas e dos influenciadores digitais no comportamento dos apostadores também foi abordada pela pesquisa da Hibou. Segundo o estudo, 42% dos brasileiros que apostam afirmam ver frequentemente anúncios de jogos de azar na televisão, enquanto 33% são impactados por propagandas no Instagram, e 19% admitem ser influenciados por influenciadores digitais. Esse cenário mostra como as mídias sociais e a televisão desempenham um papel significativo na promoção das apostas, muitas vezes moldando as decisões dos jogadores de forma sutil, mas eficaz.

Os dados da pesquisa indicam que 19% dos apostadores relataram um alto nível de influência das propagandas em suas decisões de apostar. Isso destaca o poder da publicidade em moldar comportamentos, especialmente em um público já predisposto a participar de jogos de azar. As propagandas, muitas vezes, exploram o desejo de ganhar, utilizando mensagens que prometem grandes prêmios com pequenos investimentos, o que pode ser altamente sedutor para aqueles que já estão imersos no mundo das apostas.

No contexto das apostas esportivas, conhecidas como “bets”, essa influência se torna ainda mais evidente. As apostas esportivas têm ganhado espaço no Brasil, com 11% dos apostadores se dedicando a essa modalidade. Entre os principais fatores que influenciam a escolha da casa de apostas, estão a recomendação de amigos e familiares (32%), a reputação da casa (31%) e o fato de a marca ser patrocinadora de seu time de futebol (31%). Isso mostra como o patrocínio esportivo e o engajamento emocional com um time de futebol podem influenciar significativamente as decisões de apostas dos torcedores.

Lígia Mello comentou sobre essa relação entre esporte e apostas: “As apostas esportivas, especialmente aquelas feitas em plataformas de ‘bets’, refletem o quanto o esporte e o entretenimento estão ligados aos desejos pessoais dos brasileiros. O patrocínio esportivo influencia diretamente o comportamento dos apostadores, mostrando que a confiança e o engajamento emocional com um time têm um papel crucial nas decisões de aposta.”

O fenômeno dos cassinos online e o impacto do “Tigrinho”

Outro dado relevante da pesquisa é o crescente impacto dos cassinos online, especialmente do jogo “Tigrinho”, que tem se destacado como a principal escolha entre os jogadores desse segmento. O “Tigrinho” é o preferido de 69% dos jogadores de cassinos online, o que demonstra seu enorme apelo entre os apostadores. Esse jogo, caracterizado por sua simplicidade e pelo imediatismo das rodadas, atrai jogadores de diferentes perfis, desde os mais casuais até os que apostam com maior regularidade.

A maioria dos jogadores de “Tigrinho” gasta entre R$ 10 e R$ 50 por rodada, e 34% desses apostadores investem entre R$ 200 e R$ 500 por mês nessas plataformas. Esses números são indicativos de um gasto significativo com esse tipo de jogo, o que pode representar um risco financeiro considerável para muitos. Além disso, a pesquisa revelou que 78% dos jogadores de “Tigrinho” não têm clareza sobre o total que já gastaram nesse tipo de jogo, o que levanta preocupações sobre o controle financeiro e o potencial de vício.

Lígia Mello comentou sobre o fenômeno do “Tigrinho”: “É curioso como o ‘Tigrinho’ se tornou um fenômeno entre os apostadores de cassinos online. O jogo oferece uma combinação de imediatismo e simplicidade, o que atrai jogadores de diferentes perfis.” No entanto, ela também alertou para os riscos associados a esse tipo de jogo: “A falta de entendimento do modelo e a percepção do possível ganho têm colocado o brasileiro em dívidas, pois perde o controle nesse modelo.

A pesquisa também destacou o perfil dos jogadores de “Tigrinho”. A maioria se identifica como jogadores recreativos (41%), seguidos por aqueles que jogam com frequência regular (31%) e os que se consideram estratégicos (21%). Esse perfil diversificado mostra que o jogo atrai tanto aqueles que buscam apenas entretenimento quanto os que enxergam o jogo como uma atividade mais séria, talvez até uma fonte potencial de renda.

Os limites financeiros mensais para as apostas em geral variam consideravelmente. Cinquenta por cento dos brasileiros que apostam definem um limite entre R$ 50 e R$ 100, enquanto 36% admitem não ter um limite definido. A frequência com que apostam também varia, com 42% jogando ocasionalmente, 17% apostando uma ou duas vezes por semana, e 3% relatando que jogam diariamente. Esses dados revelam que, para muitos, as apostas são uma atividade controlada, mas para outros, especialmente aqueles sem limites definidos, há um potencial para problemas financeiros graves.

A realidade dos não-apostadores e a percepção da regulação

Embora uma parcela significativa da população brasileira esteja envolvida em jogos de azar, 32% dos brasileiros não participam de nenhum tipo de aposta. As principais razões para essa decisão incluem a falta de confiança na honestidade dos sistemas de apostas (44%), a falta de dinheiro disponível para jogar (30%), e a ausência de exemplos de ganhadores em seu círculo social (25%).

Entre esses não-apostadores, 88% acreditam que os jogos de apostas podem viciar, e 69% consideram os cassinos online como a modalidade mais perigosa nesse aspecto. Esses números revelam uma preocupação crescente com os riscos associados às apostas, especialmente no que diz respeito ao potencial de vício e aos impactos financeiros negativos.

Além disso, 65% dos não-apostadores conhecem alguém que já se endividou por causa das apostas, sendo que 27% desses problemas financeiros permanecem sem solução. Isso evidencia o impacto social das apostas, que pode se estender além do próprio jogador, afetando familiares e amigos que muitas vezes precisam ajudar a cobrir as dívidas acumuladas.

Quando questionados sobre a regulação dos jogos de azar, 73% dos não-apostadores acreditam que as empresas de jogos deveriam pagar mais impostos, enquanto 39% acham que a legalização e regulamentação do jogo traria mais segurança para quem aposta. Esses dados refletem uma percepção de que a falta de regulamentação adequada pode estar contribuindo para os problemas associados às apostas no Brasil.

A percepção de que a regulamentação e a tributação mais rigorosa poderiam mitigar os riscos associados às apostas é um ponto importante levantado pelos não-apostadores.

Com o crescimento do mercado de jogos de azar no Brasil, a discussão sobre regulação se torna cada vez mais relevante, tanto para proteger os jogadores quanto para garantir que as empresas operem de maneira justa e transparente.

A pesquisa da Hibou lança luz sobre o comportamento dos apostadores brasileiros, mostrando não apenas o quanto as apostas se tornaram comuns, mas também os desafios financeiros e sociais que elas podem acarretar.

Com 68% dos brasileiros participando ativamente de algum tipo de jogo de azar, é evidente que as apostas estão profundamente enraizadas na cultura nacional.

No entanto, os dados também sugerem a necessidade de uma maior conscientização sobre os riscos e a importância de uma regulação eficaz para proteger os indivíduos e a sociedade como um todo.

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