Os distintivos da atual edição dos Jogos Olímpicos incluirão um componente nunca antes visto na história olímpica.
Neste dia 8, uma quinta-feira, o Comitê Olímpico Internacional revelou as medalhas que serão outorgadas aos atletas nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Os distintivos exibem um traço singular na cronologia olímpica: cada um contém um pedaço metálico oriundo da Torre Eiffel, o emblema parisiense.
Como foram os fragmentos da Torre Eiffel integrados às medalhas de Paris 2024?
Na elaboração dos distintivos para os Jogos Olímpicos deste ciclo, o painel de organização procurava inserir um fator distintivo. A decisão de embutir um dos marcos mais distintivos de Paris culminou em uma abordagem única e inovadora para a confecção de medalhas singulares.
Em função das renovações ao longo do século XX, determinadas partes do monumento foram desmontadas e armazenadas.
A Société d’Exploitation de la Tour Eiffel, entidade responsável pela administração e preservação da torre, forneceu alguns desses componentes para serem utilizados nas condecorações olímpicas.
O Comitê Olímpico Internacional, em um comunicado sobre o método de produção dos distintivos, mencionou que o ferro bruto oriundo de Pompeu, na zona da Lorena, leste francês, é submetido a refinamento por meio da técnica de “puddling”, sequencialmente à conversão do minério de ferro. Após remover o excedente de carbono do ferro bruto, o insumo remanescente é quase que inteiramente puro, caracterizando-se pela sua forte consistência.
Clémentine Massonnat, a gestora da área de design da Chaumet, a ourivesaria responsável pela confecção dos artigos, declarou que optaram por adicionar um hexágono, simbolizando a forma geográfica da França, ao coração da medalha como se fosse uma gem, tratando-o como o componente mais precioso do distintivo.