Na manhã deste sábado, no Estádio Pierre Mauroy, a Noruega fez história ao vencer a França por 29 a 21 e conquistar a medalha de ouro no handebol feminino nas Olimpíadas de Paris 2024. A vitória foi marcada por uma defesa impecável e uma atuação magistral da goleira Katrine Lunde, de 44 anos, que foi fundamental para derrubar as atuais campeãs olímpicas e favoritas ao título.
Ouro Histórico para a Noruega
Com essa vitória, a Noruega igualou a Dinamarca como as maiores campeãs olímpicas na história do handebol feminino, agora com três ouros olímpicos. Os títulos anteriores foram conquistados em Pequim 2008 e Londres 2012. Além disso, a Noruega possui uma coleção de nove títulos mundiais, consolidando-se como uma das potências da modalidade. Nas últimas duas edições dos Jogos Olímpicos, a Noruega havia conquistado a medalha de bronze, mas desta vez, voltou ao topo do pódio.
Primeiro Tempo Equilibrado e Reviravolta Norueguesa
Empurrada por uma torcida fervorosa, a seleção de Handebol Feminino francesa começou o jogo com intensidade, explorando bem os espaços na defesa norueguesa e abrindo uma vantagem inicial de 4 a 1. No entanto, a Noruega, mesmo com dificuldades na transição entre ataque e defesa, conseguiu se reorganizar rapidamente. Com uma postura resiliente, a equipe foi diminuindo a diferença gol a gol, até empatar o jogo em 4 a 4.
O restante do primeiro tempo foi marcado por um equilíbrio extremo, com as equipes trocando gols em uma verdadeira batalha tática. A França tentava reassumir o controle do jogo, mas esbarrava na muralha que era Katrine Lunde. A goleira norueguesa, com sua vasta experiência, fez defesas cruciais que mantiveram sua equipe sempre no jogo.
No final do primeiro tempo, a Noruega conseguiu virar o placar pela primeira vez, graças a um tiro certeiro de sete metros de Nora Mørk, que colocou sua equipe na liderança por 13 a 12. Em seguida, Stine Oftedal acertou um golaço no ângulo, no último segundo do primeiro tempo, ampliando a vantagem norueguesa para 15 a 13, o que foi crucial para a confiança da equipe para a segunda etapa.
Domínio Norueguês no Segundo Tempo
A Noruega voltou ainda mais forte para o segundo tempo, ampliando rapidamente sua vantagem com um gol de Kari Brattset. O jogo tornou-se mais físico, com as duas equipes cometendo muitos erros e a intensidade defensiva se mantendo alta. Durante os primeiros cinco minutos do segundo tempo, houve poucos gols, mas a Noruega conseguiu abrir uma vantagem de quatro gols, fazendo 18 a 14.
A França, embora tentasse encontrar brechas na sólida defesa norueguesa, não conseguia capitalizar suas oportunidades. Quando a defesa falhava, era Katrine Lunde quem estava lá para frustrar as tentativas francesas, mantendo sua grande forma. Depois de um período de nove minutos sem marcar, a francesa Laura Flippes finalmente conseguiu diminuir a diferença, mas a resposta norueguesa foi avassaladora.
Com uma sequência de três gols, a Noruega ampliou sua vantagem para 21 a 15, praticamente selando o destino da partida. A seleção francesa tentou esboçar uma reação, mas continuou errando em momentos cruciais, enquanto a Noruega demonstrava uma precisão cirúrgica em suas finalizações.
Final Decisivo e Vitória Consagradora
Nos minutos finais, a Noruega continuou controlando o jogo com inteligência e calma, mantendo a posse de bola e aproveitando as oportunidades que surgiam. A defesa seguiu sendo o ponto forte da equipe, forçando a França a cometer mais erros e garantindo que a vantagem fosse mantida.
A goleira Katrine Lunde, que foi a heroína da partida, fechou o gol em diversas ocasiões, frustrando qualquer tentativa de reação das francesas. A performance de Lunde foi tão impactante que, mesmo com o ataque norueguês convertendo seus gols, ela foi considerada por muitos como a jogadora mais valiosa do jogo.
No final, o placar de 29 a 21 refletiu a superioridade norueguesa, que dominou a partida especialmente na segunda metade. Com a vitória, a Noruega celebrou não apenas mais uma medalha de ouro, mas também a coroação de uma geração que já havia mostrado seu potencial em outras competições, mas que em Paris 2024 alcançou o auge.
Katrine Lunde: A Muralha Norueguesa
Aos 44 anos, Katrine Lunde continua sendo uma das maiores goleiras da história do handebol. Sua atuação nesta final foi uma prova de que a idade é apenas um número quando se trata de talento e dedicação. Lunde, que já havia sido peça chave nas conquistas anteriores da Noruega, mostrou mais uma vez por que é considerada uma lenda viva do esporte.
Sua experiência e tranquilidade foram determinantes para a vitória norueguesa, especialmente nos momentos em que a França pressionava. Com defesas espetaculares, Lunde garantiu que sua equipe se mantivesse à frente e selou sua posição como uma das grandes responsáveis pelo ouro.
Noruega e Dinamarca: As Rainhas do Handebol Feminino
Com o terceiro ouro olímpico, a Noruega agora está empatada com a Dinamarca como as maiores vencedoras da história do handebol feminino nos Jogos Olímpicos. A Dinamarca conquistou seus três títulos consecutivos em 1996, 2000 e 2004, enquanto a Noruega alcançou seus ouros em 2008, 2012 e agora em 2024.
A rivalidade entre essas duas potências do handebol feminino só aumenta a expectativa para futuras competições, onde ambas continuarão a lutar pelo domínio do esporte. A Dinamarca, que conquistou o bronze em Paris 2024 ao vencer a Suécia por 30 a 25, também mostrou que continua sendo uma força a ser respeitada.
Um Ouro para Entrar na História
A conquista do ouro pela Noruega no handebol feminino nas Olimpíadas de Paris 2024 será lembrada como uma das grandes vitórias do esporte. A equipe demonstrou não apenas habilidade e técnica, mas também uma resiliência impressionante para superar adversidades e derrotar a equipe da casa, que era favorita.
Esse ouro não apenas coloca a Noruega no topo do mundo do handebol feminino, mas também inspira futuras gerações de atletas a seguir os passos dessas campeãs. A performance de Katrine Lunde, em particular, será uma história contada por muitos anos, como um exemplo de excelência no esporte.
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