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Léo Souza fala do continente asiático, volta para o Brasil e exalta São Paulo

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Antes de despontar pelos gramados asiáticos, Léo Souza deu seus primeiros passos no esporte bretão em terras brasileiras. Originário de Sorocaba (SP), o goleador foi lapidado nas categorias inferiores do Red Bull Brasil, seguiu para Corinthians e Ituano, até aportar no Santos em 2016. Prodígio da Vila Belmiro, ponta de lança disputou 16 encontros pelo Alvinegro Praiano e assinalou três tentos, englobando as divisões Sub-20 e Sub-23.

Em 2018, transferiu-se para a equipe japonesa Gainare Tottori e prosseguiu com sua carreira no oriente. Sua recente passagem foi pelo Zhejiang Pro, onde o contrato veio a encerrar. Sambafoot conversou com o atleta brasileiro, alcunhado de Príncipe da Ásia.

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Os seus feitos no futebol do oriente são marcantes, e a cada temporada você afirma mais a sua presença. Como você justifica seu percurso num território com uma cultura diametralmente oposta à do Brasil?

“Acolá no futebol oriental eu encontrei a grande chance da minha existência. Ocasião esta, por sinal, que me foi negada no Brasil. Ao desembarcar nesses pagos, encontrava-me praticamente sem alternativas no mercado brasileiro. Meu caminho seria atuar no Paulista A3 para então tentar ascender até uma agremiação mais renomada. Assim, busquei perseguir meus ideais por aqui e fui acolhido da forma mais calorosa. Revelou-se o veredicto mais acertado da minha vida.”

Você atuou em três competições distintas na Ásia. Que particularidades você observa entre elas?

“Percebo o Campeonato Japonês como o mais árduo, inconteste. Ali, desde o avançado até o guardião, todos devem cooperar na defesa, então resulta em grande coesão. O certame sul-coreano é caracterizado pelo intenso embate físico. Já o torneio chinês guarda similaridades com o futebol brasileiro, tendo em conta a peculiaridade dos lances individuais. São campeonatos distintos, mas igualmente dotados de suas virtudes. O futebol desta região vem se desenvolvendo com os anos e tal avanço é notável.”

Recentemente tivemos menções de interesse do São Paulo a respeito do seu talento. Existe a perspectiva de retornar às raízes no território brasileiro? Seu contrato com o Zhejiang Pro finalizou…

“Não é possível cravar um ‘jamais'. Encantei-me com a corte do São Paulo, uma instituição colosal, recém-coroada com um troféu de peso no cenário nacional. Entretanto, posso afirmar que neste momento me considero um desportista realizado nestas bandas do planeta, sinto-me realizado e sigo esculpindo a minha epopeia aqui. Devo focar no presente concreto, não em conjecturas. Caso haja uma oferta séria, precisarei ponderar junto à minha família acerca do que será mais benéfico para todos nós.”

Reconhecido como ‘Príncipe da Ásia' por seus êxitos e gols marcados, como você administra esse reconhecimento?

“Realmente é curioso, pois, como mencionei antes, se tivesse prosseguido no futeilismo brasileiro tudo seria muito mais moroso e intrincado. É precisamente por isso que me adaptei tão bem por aqui. Ganhei a possibilidade de narrar a minha própria saga e carrego imensa gratidão pelo povo deste continente. Em cada liga em que joguei, recebi boas-vindas calorosas dos aficcionados. E claro, os gols sempre contribuem (risos). A identificação torna-se mais natural quando o gramado se torna um aliado.”

Como protagonista no Zhejiang Pro e eleito para o Time do Campeonato, como você evalua a sua última temporada?

“Em termos individuais, transcorreu como uma estação fabulosa. Ser laureado como o maior goleador e integrar a Seleção do Campeonato tem enorme significado. A tristeza reside em não ter conseguimos erguer o caneco, apesar dos esforços para tal. Findamos a competição oito pontos adrift do campeão… Sem dúvidas, teria sido o ápice para coroar um ciclo impecável.”

Sua ascensão se deu no âmbito santista. A agremiação acabou por ser degradada e disputará a série B. Como você interpreta essa contingência no clube? Houve seu acompanhamento?

“Sim, claro. Eu acompanhei. Assistir a uma entidade da magnitude do Santos enfrentar tais adversidades é extremamente lamentável. Eu cresci nas divisões juvenis do clube, tenho vínculos com muitos ali e, obviamente, senti consternação. Almejo que o clube consiga se reconstruir o quanto antes. O Santos dispõe de um legado singular, e estou convicto de que ressurgirá ainda mais potente.”

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