Klopp e Xavi fazem refletir sobre saúde mental relacionada à pressão no futebol.
Ambos os técnicos confirmaram suas saídas de Liverpool e Barcelona ao término da atual temporada, e os motivos não estão relacionados aos desempenhos.
Dois dos mais destacados treinadores do futebol mundial, Jürgen Klopp e Xavi Hernández, revelaram que deixarão Liverpool e Barcelona, respectivamente, ao concluir a temporada 2023/2024. As razões para suas saídas não se devem ao desempenho das equipes, mas à crescente pressão enfrentada pelos profissionais do esporte.
Antigamente, a saúde mental não recebia a devida importância no universo esportivo, especialmente no futebol. Os clubes não davam atenção a essa questão, e jogadores e técnicos eram desencorajados a discutir o assunto. Isso se devia, em grande parte, à cultura machista predominante, que desestimulava a abordagem de questões delicadas como depressão, fobias, traumas ou transtornos de pânico.
Adriano, conhecido como “Imperador”, lidou com vários desafios pessoais que claramente impactaram sua destacada trajetória no futebol. As dificuldades emocionais que enfrentou parecem ter prejudicado sua capacidade de atender às expectativas associadas ao seu status de estrela do esporte.
Nilmar, ex-jogador de Internacional e Santos, foi pioneiro ao trazer à tona um debate crucial ao rescindir seu contrato com o Santos e encerrar prematuramente sua carreira para tratar a depressão. Situações recentes envolvendo atletas como Richarlison e Alisson indicam que a temática da saúde mental vem perdendo seu status de tabu no mundo do futebol.
A constante demanda por resultados, somada às críticas e ao clamor por responsáveis e vilões a cada partida por parte de torcedores e mídia, resulta em um esgotamento físico e mental desafiador de se gerenciar. Esse ambiente de frenesi coletivo prejudica a todos envolvidos. A despedida, seja temporária ou definitiva, de Klopp e Xavi, serve como um momento para refletirmos com maior tranquilidade sobre essa questão.