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Aquilo

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Algumas semanas após a decisiva partida da Copa Libertadores no Rio de Janeiro, na qual aficionados do Fluminense perpetraram uma emboscada contra partidários do Boca Juniors na areia de Copacabana, o Brasil enfrentou novamente desafios na condução de um evento relevante da Conmebol.

Neste instante, os contratempos surgiram no interior do estádio Maracanã e foram difundidos em transmissão direta para diversas nações ao redor do globo. Fãs das seleções da Argentina e do Brasil entraram em confronto em um espaço compartilhado das arquibancadas momentos antes do início do jogo, ao som dos hinos nacionais.

A seleção brasileira enfrentou a argentina na etapa seis das fases qualificatórias sul-americanas para a Copa do Mundo FIFA de 2026. Observando seus compatriotas serem alvejados por bastões da força policial do Rio, Lionel Messi apressou-se em direção ao tumulto junto aos seus colegas de time. Cenas de violência e desordem total provavelmente se disseminarão pelo planeta nesta quarta-feira. Numa delas, é possível ver o arqueiro campeão mundial Dibu Martínez atirando-se contra as cadeiras para evitar que um agente prosseguisse agredindo um torcedor argentino.

Imagens lamentáveis foram registradas pelas lentes das câmeras. Uma genitora com seu infante no regaço parecia apavorada; ambos vertiam lágrimas. Adeptos com os semblantes manchados de sangue foram captados pela transmissão oficial. Custava acreditar na realização do confronto. De fato, quando Messi convocou seus pares para o vestiário, tudo sugeria que os 50 mil espectadores presentes no Maracanã deixariam o recinto sem testemunhar o mais notório clássico sul-americano.

Enquanto todos os jogadores da Argentina rumavam para o palco da discórdia no intuito de interceder, unicamente o capitão do Brasil, Marquinhos, fez o mesmo. Nas mídias sociais, repórteres brasileiros comentaram que alguns atletas da equipe local permaneceram sorrindo no gramado durante o incidente.

De igual modo, no gramado, um jornalista da TV Globo, responsável pela cobertura do duelo em terras brasileiras, informou que houve um intercâmbio de acusações entre a polícia local e a Confederação Brasileira de Futebol a respeito da culpa pela operação de segurança. A administração do estádio Maracanã igualmente se pronunciou: a responsabilidade não é nossa!

Então, a quem responsabilizar? Os adeptos estrangeiros devem ser alocados em um setor segregado?

Respostas ainda são indefinidas.

Após um intervalo de 30 minutos e extenso diálogo entre os representantes do Brasil, Argentina e Conmebol, o jogo enfim recomeçou. Somente na América do Sul, dirão uns. Antes mesmo de se escutar o apito inicial, Messi interpelou Rodrygo com um claro questionamento sobre a ausência dos brasileiros na cena do conflito.

Isso antecipava uma partida carregada de tensão, disputa acirrada pelo domínio físico, advertências por cartões amarelos e vermelhos, e o tento de Nicolás Otamendi no decorrer do segundo tempo.

No terreno de jogo, o time brasileiro foi castigado com o terceiro revés consecutivo nas qualificatórias. Pior que o desempenho desfavorável, está a imagem prejudicada de uma nação que, há menos de uma década, hospedou a Copa do Mundo FIFA e os Jogos Olímpicos, com o Maracanã servindo de cenário principal. À época, prevalecia a crença de que o Brasil sempre estaria aparelhado para acolher magnos acontecimentos. Será mesmo?

Brevemente antes do fatídico Brasil versus Argentina no Maracanã, a cidade do Rio de Janeiro foi a escolhida para a etapa da turnê mundial da estrela estadunidense Taylor Swift, onde três entusiastas perderam a vida — alguns dos quais aparentavam sinalizar deficiências na organização.

O Brasil revela problemas graves enquanto nação, e o planeta tomou conhecimento disto graças aos fatos recentes e, sobretudo, graças às estampas chocantes vindas do Maracanã.

A seleção cinco vezes campeã do mundo está em baixa, assim como o país.

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