Isaquias Queiroz, um dos grandes nomes da canoagem brasileira, deixou as águas do Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne visivelmente exausto após a final da prova C2 500m nas Olimpíadas de Paris 2024. Ao lado de seu parceiro, Jacky Goodman, o campeão olímpico deu tudo de si na competição, mas o esforço não foi suficiente para alcançar uma medalha. O resultado final, com a dupla terminando na oitava e última colocação, foi uma grande decepção para Isaquias.
O Desempenho na Final
A prova de canoagem velocidade C2 500m é uma das mais desafiadoras do esporte, exigindo não apenas força física, mas também uma coordenação perfeita entre os dois atletas para garantir um bom desempenho. Isaquias Queiroz e Jacky entraram na competição com grandes expectativas, especialmente após terem terminado em quarto lugar na mesma prova durante as Olimpíadas de Tóquio.
Durante a final, a dupla brasileira chegou a lutar pela quinta posição e esteve próxima dos terceiros colocados no terceiro quarto da prova. No entanto, na reta final, eles foram ultrapassados, terminando a prova com um tempo de 1m42s58. O ouro foi conquistado pela dupla chinesa Hao Liu e Bowen Ji, que completou a prova em 1m39s48. A Itália, representada por Gabriele Casadei e Carlo Tacchini, ficou com a prata (1m41s08), e a Espanha, com Joan Antoni Moreno e Diego Dominguez, levou o bronze (1m41s18).
Reflexão de Isaquias sobre o Resultado
Logo após a prova, Isaquias Queiroz expressou sua frustração e desânimo com o resultado. Ele destacou que, apesar de terem dado o máximo, a performance na final ficou muito aquém do esperado.
“Demos nosso máximo. Saiu um pouco travado o braço ali. Não tem como sair de uma prova dessa descansado, o vento pegou um pouquinho ali mais pro nosso lado, atrapalhou bastante. Mas… é, o resultado não foi nada que a gente esperava. A partir do quarto lugar ninguém é lembrado. Foi um resultado muito horrível em cima do que a gente trabalhou, do que o COB investiu na gente. Ficar em último em uma final A, por mais que seja uma final olímpica, não é um resultado excelente, não em cima do que a gente vinha evoluindo. Pelas parciais que a gente tinha, a gente sabia que iria brigar pela medalha. Não foi da boca pra fora. Mas as circunstâncias mudam,” desabafou Isaquias Queiroz.
Para Isaquias Queiroz, a decepção é ainda maior considerando a preparação intensa que ele e Jacky Goodman realizaram nos meses anteriores à competição. A dupla havia mostrado grande evolução nos treinos, tanto no Brasil quanto em Portugal, o que aumentava a expectativa de conquistar uma medalha em Paris.
“O barco estava andando muito rápido no Brasil, em Portugal. Tinha falado: acho que deveria sair daqui com a medalha, eu e Jacky. Já veio na Olimpíada de Tóquio em quarto lugar e não conseguimos repetir a mesma prova que fizemos na semifinal. Queria sair daqui com as duas medalhas. A questão que fico mais triste é que o Jacky vinha treinando bem, em um ano evoluiu bastante, no Mundial do ano passado fomos muito mal e Jack se preparou muito. Sair daqui com o resultado que não é o que a gente esperava, resultado muito péssimo em cima do que a gente treinou, isso é o mais deprimente, o mais triste de tudo,” completou Isaquias Queiroz.
A Perspectiva de Jacky Goodman
Jacky Goodman também compartilhou sua visão sobre a prova, destacando que a dupla não conseguiu encontrar o ritmo ideal durante a final. Ele reconheceu que não se sentiu confortável durante a prova, o que comprometeu o desempenho da equipe.
“A gente não conseguiu fazer como queria, que era sentir mais confortável. É chato. Gostaria muito de ganhar medalha. É uma muito ruim essa colocação,” lamentou Jacky.
A dupla brasileira teve um desempenho irregular desde as semifinais, onde começaram mal, mas conseguiram se recuperar e avançar para a final ao terminarem em terceiro lugar na bateria. No entanto, na disputa pela medalha, as dificuldades enfrentadas acabaram por impedir qualquer chance de pódio.
O Futuro de Isaquias nas Olimpíadas de Paris 2024
Apesar da decepção na prova em dupla, Isaquias Queiroz ainda tem uma chance de buscar uma medalha nas Olimpíadas de Paris 2024. Ele competirá na prova individual do C1 1000m, na qual é o atual campeão do mundo. Isaquias já garantiu sua vaga na semifinal após uma boa performance na eliminatória, realizada na quarta-feira, e agora se concentra em alcançar o pódio na sexta-feira.
Blindar-se das emoções negativas e focar na próxima competição é o desafio que Isaquias agora enfrenta. Ele reconhece o peso da responsabilidade e a expectativa dos torcedores brasileiros, mas sabe que precisa se concentrar e dar o melhor de si para representar bem o Brasil.
“É complicado. Quando um atleta vem, pede desculpa para todo mundo que está assistindo, é por causa da torcida de casa. Pessoal espera ver a gente no pódio, tocando o hino nacional, agora é… ver com o treinador, se concentrar porque a prova vai estar doída, difícil,” disse Isaquias, visivelmente emocionado.
Isaquias Queiroz finalizou com uma mensagem de determinação, destacando que está preparado para o próximo desafio e que dará tudo de si na busca por uma medalha no C1 1000m: “Estou preparado para o C1. Agora não tem jeito, tem que ir com tudo para representar todo o time da canoa de Lagoa Santa. O único jeito é levantar a cabeça.”
A jornada de Isaquias Queiroz e Jacky Goodman nas Olimpíadas de Paris 2024 teve um desfecho amargo na final da canoagem C2 500m. Apesar de todo o esforço e preparação, a dupla brasileira não conseguiu alcançar o pódio, terminando na última colocação. Agora, a esperança se volta para a prova individual de Isaquias Queiroz, que buscará superar o revés e conquistar uma medalha para o Brasil.
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