Nunca se deu um campeonato desde a separação de trajetórias de Gustavo Leal e André Jardine em que ambos cruzassem as linhas em uma disputa de mata-mata do futebol do México. O confronto envolvendo Atlético de San Luis e América é pontuado por este embate entre comandantes brasileiros, que compartilharam longos períodos de trabalho.
Conquistadores da medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio 2020 pelo Brasil, ambos assumiram as rédeas da seleção potosina no último ano. Jardine se despediu pouco antes do Apertura 2023 para liderar o time da Coapa e transmitiu o bastão a seu prévio auxiliar, que agora desfruta de um excelente começo de temporada na posição de técnico cabeça. Contudo, Leal preserva as lições assimiladas na fase pretérita.
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Gustavo Leal, agradecido pelo período como auxiliar de André Jardine
“Ansiava por um momento de minha jornada profissional em que, para aprimorar meus conhecimentos como comandante, fosse essencial atuar como segundo de alguém mais vivido para absorver novos panoramas, discutir conceitos, amadurecer ideias, observar diferentes contextos. E sempre tive claro que essa figura deveria ser um técnico alinhado com minha visão de jogo. Trabalharia com muita dificuldade sob a liderança de alguém cúmplice de uma filosofia antagônica”, relatou o treinador de 37 anos, concedendo um depoimento à ESPN.
“André foi o estrategista que permitiu nosso crescimento mútuo. Entendo que minha evolução foi proporcional à dele, na medida em que cooperamos. Nosso êxito conjunto é inegável, pois alcançamos a vaga olímpica, conquista árdua, e o ouro subsequente, e ainda chegamos aqui para reformular o panorama do clube. Há todo um esquema estrutural e financeiro em jogo”, complementou.
Apesar de Jardine ter optado por sair do Atlético de San Luis, Leal nutre votos de êxito para ele e tem o propósito de prolongar os triunfos já obtidos com a equipe de Potosí. “Mas somos conscientes de que, sem resultados positivos, o avanço das coisas não se dá conforme o planejado. Então, concretizamos os frutos que o projeto demandava naquele momento e agora, com o presente à frente, continuamos a torcer pelo progresso do André na América e seu êxito profissional, ao mesmo tempo em que buscamos transcender os legados que ele nos deixou”.