No dia 25 de julho de 2009, Felipe Massa vivia um dos momentos mais marcantes de sua carreira. Com 28 anos, vice-campeão mundial de Fórmula 1, esposa grávida, piloto da Ferrari e principal nome do Brasil no automobilismo, ele estava classificado para o Q3 e pronto para largar entre os dez primeiros no Grande Prêmio da Hungria. No entanto, enquanto levava o F60 para os boxes, a 261 km/h, uma mola do carro de Rubens Barrichello, da Brawn, se soltou e atingiu seu capacete, deixando-o inconsciente e resultando em uma colisão direta com o muro. Quinze anos depois, Massa relembra os detalhes do acidente e sua recuperação.
“Minha vontade de me recuperar o mais rápido possível e voltar às corridas nunca foi abalada”, afirmou Massa. As primeiras corridas de 2009 foram difíceis para a Ferrari, que, apesar de ter vencido o Mundial de Construtores no ano anterior e Massa ter ficado em segundo entre os pilotos, não conseguiu manter o ritmo. Após quatro corridas sem pontuar, Massa finalmente conquistou pontos na Espanha e subiu ao pódio na Alemanha.
No entanto, no Grande Prêmio da Hungria, enquanto Massa avançava para o Q3, uma mola do carro de Barrichello se soltou, perfurou seu capacete e o deixou inconsciente. A Ferrari bateu direto no muro de Hungaroring, e Massa foi rapidamente levado ao Hospital Militar Central de Budapeste, onde passou por uma cirurgia sem risco de vida.
“A recuperação não foi rápida. Esperei a segunda parte do campeonato inteiro sem poder guiar. Quando finalmente voltei ao carro, ainda tinha dúvidas se conseguiria desempenhar da mesma forma, mas, graças a Deus, pude continuar na Fórmula 1 por muitos anos depois do acidente”, disse Massa.
Retorno e Apoio de Schumacher
Embora estável, Felipe Massa não tinha condições de voltar a pilotar ainda em 2009. Michael Schumacher, próximo de Felipe, tentou assumir temporariamente sua vaga na Ferrari. Schumacher, que também participou do Desafio das Estrelas de kart em Florianópolis naquele ano, esteve ao lado de Massa durante sua recuperação. “Ele veio me acompanhar no hospital e trouxe até seu filho, Mick, para me ver. Schumacher tentou correr no meu lugar, mas devido a um acidente de moto, não pôde participar”, relatou Massa.
Em Florianópolis, Felipe Massa venceu uma das baterias do desafio de kart, uma vitória simbólica antes de retornar a São Paulo para o nascimento de seu filho, Felipinho. “Preparar o psicológico foi crucial. Eu não via a hora de voltar ao carro, de estar no lugar que mais amo, competindo. Nada me tirava a vontade de me recuperar rapidamente e voltar às corridas”, destacou.
Reencontro com a Fórmula 1
Felipe Massa voltou à Fórmula 1 na primeira etapa de 2010, no Grande Prêmio do Bahrein, onde conquistou o segundo lugar no pódio. O capacete usado no acidente, ainda sujo de sangue, foi guardado como um troféu. “Eu peguei o capacete, estava sujo de sangue e continua do mesmo jeito, todo destruído e cheio de sangue. Está na prateleira da minha casa como um troféu, e com certeza salvou a minha vida”, disse Massa.
Avanços na Segurança da Fórmula 1
O acidente de Felipe Massa levou a Fórmula 1 a reforçar seus padrões de segurança. Os capacetes foram aprimorados, e uma linha de Zylon foi adicionada à viseira, dobrando a proteção. Anos depois, surgiu o Halo, uma estrutura de titânio projetada para proteger o cockpit. “Hoje, o mesmo acidente que eu tive não teria o mesmo impacto. O piloto sairia sem problemas. O Halo salvou muitos pilotos, como Romain Grosjean”, afirmou Massa.
Carreira Atual de Felipe Massa
Atualmente, Felipe Massa é piloto da TMG Racing na Stock Car. Ele disputará a etapa de Goiânia da categoria no próximo domingo, dia 28 de julho, no Autódromo Internacional Ayrton Senna. “Estou feliz por continuar competindo e por tudo que consegui superar ao longo da minha carreira. A paixão pelo automobilismo continua viva e forte”, finalizou Massa.
O acidente de Felipe Massa em 2009 não apenas marcou sua carreira, mas também serviu como um catalisador para melhorias significativas na segurança da Fórmula 1, garantindo que futuros pilotos tenham uma proteção ainda maior nas pistas.
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