A justiça pode tardar, mas invariavelmente se faz presente. Há pouco tempo, o Ministério Público de Madrid asseverou que um veredicto foi pronunciado no incidente verificado no alvorecer do ano, enquanto se decorriam os preparativos para a partida envolvendo Real Madrid e Atlético de Madrid, em 26 de janeiro.
Nas horas que antecederam o mencionado confronto, um desafortunado ato de racismo executado pelos ‘ultras' da Frente Atlético emergiu. Nas primeiras horas daquele dia, um agrupamento de quatro adeptos da alcunha Fabricante de colchão afixou um estandarte em uma das pontes principais e frequentadas de Madrid, exibindo o dizer: “Madrid abomina o Real”.
Em adicional, suspenderam na mesma ponte um manequim inflável tingido de castanho portando uma vestimenta do Real Madrid com o número do esportista brasileiro Vinicius Jr., emulando o enforcamento do avançado.
O Ministério Público de Madrid requisitou quatro anos de cárcere para os responsáveis
Decorridos quase 11 meses do ocorrido, múltiplas fontes jornalísticas da Espanha confirmaram que a Promotoria da metrópole requer que os quatro implicados no delito de ódio cumpram quatro anos de privação de liberdade e que todos eles se responsabilizem por um ressarcimento pecuniário a título de “dano moral” ao atleta, estimado em aproximadamente 6.000 euros.
Embora essa pena preliminar já tenha sido proposta, os quatro infratores ainda não estão recolhidos à custódia, dado que a data para a audiência judicial segue por definir, entretanto, percebe-se que, mais adiante ou mais próximo, ela terá início e que as condutas deles não restarão sem reprimenda.
Adicionalmente, os protagonistas do episódio, atualmente submetidos a liberdade vigiada, contam com uma ordenação restritiva que lhes interdita a aproximação a menos de 1.000 metros de qualquer ambiente que abrigue Vinicius e lhes proíbe de circundar a menos de 100 metros do Santiago Bernabéu ou do Wanda Metropolitano.