Operadoras de jogos de azar expandem sua presença no território nacional e nas principais modalidades esportivas. No começo de 2023, as projeções de faturamento para o mercado de apostas em eventos esportivos alcançavam R$ 12 bilhões no Brasil, cifra que já sinaliza um acréscimo de 71% em comparação com os R$ 7 bilhões arrecadados em 2020.
Ao decorrer dos meses, novas análises reforçaram a importância econômica deste segmento.
Em abril, o Executivo Nacional calculou que as apostas em esportes contribuíram com R$ 3 bilhões para o futebol, incluindo apoio financeiro em acordos e divulgação em vestimentas dos times, painéis de competições e canais de comunicação.
Em dezembro de 2023, novas estimativas indicaram que o montante aproximava-se de R$ 3,5 bilhões.
Exclusivamente no apoio aos clubes da Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro de 2023, por exemplo, as cifras distribuídas pelas operadoras de apostas atingiram cerca de R$ 330 milhões anuais, com a soma dos acordos de 19 entre os 20 times que possuíam contratos com as entidades do ramo.
O interesse das corporações no futebol do território brasileiro
De fato, futebol representa um dos maiores atrativos de lazer globais. Com uma notabilidade e seguimento numeroso, captura significativa atenção de entusiastas financeiros. As rendas mais expressivas dos institutos futebolísticos originam-se dos acordos firmados com seus financiadores.
Corporações de diferentes ramos buscam assegurar sua representação nas camisetas das agremiações visando possibilidades de negócios vantajosas.
As principais firmas de apostas atuantes no Brasil consolidaram substanciais investimentos em conjuntos nacionais de futebol. Paralelamente, patrocinam significativas celebrações esportivas e adicionalmente outros tipos de esportes.
Os patrocínios mais notáveis de operadoras de apostas aos times brasileiros
No último domingo (7), Coríntios celebrou o patrocínio principal mais robusto dentre as equipes da Série A do certame nacional. Vaidebet comprometeu-se a destinar R$ 370 milhões à equipe de São Paulo ao longo das próximas três épocas, com R$ 120 milhões por ano, além de R$ 10 milhões em bonificação de assinatura.
O Flamengo, por outro lado, obteve o segundo maior incentivo do esporte bretão nacional. PixBet concordou recentemente em uma proposta de colaboração que acarretará R$ 85 milhões ao orçamento do clube carioca até 2025.
Enquanto isso, o Palmeiras detém o terceiro patrocínio-chefe mais vultoso do país. O clube verde e branco, embora não seja subsidiado por uma entidade de jogos de azar, beneficia-se do suporte da Crefisa/FAM, que repassa ao clube R$ 81 milhões fixos por todas as regiões da indumentária.
Desse modo, os demais clubes da elite que também recebem suporte das operadoras de apostas incluem:
- São Paulo: Superbet R$ 52 milhões
- Botafogo: Parimatch, R$ 27,5 milhões até 2024
- Cruzeiro: Betfair, R$ 25 milhões até 2024
- Vasco da Gama: Pixbet, R$ 22 milhões até 2024
- Atlético-MG: Betano, R$ 20 milhões até 2024
- Fluminense: Betano, R$ 20 milhões até 2025
- Fortaleza: Novibet, R$ 19 milhões até 2024
- Bahia: Esportes da Sorte, R$ 17 milhões até 2025
- Atlético-PR: Esportes da Sorte, R$ 17 milhões até 2026
- Vitória: Betsat, R$ 7 milhões até 2024
- Santos: Embora não participe da Primeira Divisão do campeonato nacional, mantém contrato com a Blaze até final de 2024 com repasses de R$ 22,5 milhões
- Grêmio e Internacional contam com o patrocínio do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul SA), com cada time recebendo R$ 30 milhões.
Importante destacar que os montantes mencionados são apenas conjecturas, tendo em vista que as companhias não tornam públicos os detalhes financeiros de seus contratos.