Carol Santiago, a maior campeã paralímpica da história do Brasil, brilhou mais uma vez nas Paralimpíadas de Paris 2024. Na última quinta-feira (5), ela garantiu a medalha de prata na prova dos 100m peito da classe SB12, com um tempo de 1min15s62. O ouro foi conquistado pela alemã Elena Krawzow, que estabeleceu um novo recorde mundial com 1min12s54. Jietong Zheng, da China, completou o pódio, com a marca de 1min20s03.
Com essa última conquista, Carol Santiago encerrou sua participação nos Jogos de Paris com um total impressionante de cinco medalhas: três ouros e duas pratas. Além do segundo lugar nos 100m peito, a atleta brasileira também venceu os 50m e 100m livre, os 100m costas, e foi prata no revezamento 4x100m misto. Ao todo, ela soma dez pódios em Paralimpíadas, após ter conquistado cinco medalhas nos Jogos de Tóquio, em 2021.
Uma campanha histórica e impressionante
Carol Santiago solidificou seu nome na história do esporte paralímpico com mais uma campanha vitoriosa. Além de ser a maior medalhista entre todos os atletas brasileiros em Paralimpíadas, Carol também se destacou como a maior medalhista dos Jogos de Paris, considerando todas as modalidades e países. Apenas Ihar Boki, competindo pelos países neutros, e a italiana Carlotta Gilli chegaram perto de seu feito, com cinco medalhas cada.
A trajetória da nadadora nas Paralimpíadas de Paris foi marcada por consistência e uma série de performances excepcionais. Após conquistar três medalhas de ouro e uma prata, a expectativa para os 100m peito era alta, mas a alemã Elena Krawzow, favorita ao título e campeã mundial em 2023, manteve o domínio ao longo da prova e garantiu a medalha de ouro com um recorde mundial.
Carol tentou acompanhar o ritmo nos primeiros metros, mas logo ficou atrás. Ainda assim, a brasileira manteve sua segunda colocação com tranquilidade até o final da prova, garantindo sua quinta medalha na competição. Mesmo sem o ouro, a prata nos 100m peito solidificou ainda mais o status de Carol como uma das maiores nadadoras paralímpicas do mundo.
Superação e talento de Carol Santiago
Carol Santiago nasceu com a síndrome de Morning Glory, uma alteração congênita na retina que reduz significativamente seu campo de visão. Apesar desse desafio, ela encontrou na natação uma forma de superar barreiras e conquistar seu lugar entre as maiores atletas do esporte paralímpico.
Até 2018, Carol competia na natação convencional, mas foi a transição para o esporte paralímpico que alavancou sua carreira. Desde então, ela tem se destacado em campeonatos mundiais e Jogos Paralímpicos, colecionando títulos e quebrando recordes. Com dez medalhas em apenas duas edições das Paralimpíadas, Carol é um exemplo de dedicação, resiliência e talento.
Talisson Glock brilha com prata nos 100m livre
Outro destaque da natação brasileira nas Paralimpíadas de Paris foi Talisson Glock, que também garantiu uma medalha de prata na prova dos 100m livre da classe S6. Com o tempo de 1min05s27, Talisson chegou apenas um centésimo à frente do francês Laurent Chardard, que ficou com o bronze. O ouro foi para o italiano Antonio Fantin, que bateu o recorde paralímpico com a marca de 1min03s12.
Essa foi a terceira medalha de Talisson nos Jogos de Paris. Ele já havia conquistado um bronze nos 200m medley e também ajudou o Brasil a garantir o bronze no revezamento 4x50m misto. Com sete pódios ao longo de sua carreira, incluindo as medalhas conquistadas nos Jogos Paralímpicos de 2016 e 2021, Talisson se consolida como uma das principais estrelas da natação brasileira.
A trajetória de Talisson é marcada por uma história de superação. Aos nove anos, ele sofreu um acidente ao ser atropelado por um trem, o que resultou na perda do braço e da perna esquerdos. Em 2004, ele começou a treinar natação como parte de sua recuperação, e, em 2010, aos 15 anos, já fazia parte da seleção brasileira paralímpica. Desde então, Talisson tem acumulado conquistas em nível internacional e se mantém como um dos favoritos em competições de alto nível.
Cecília Araújo também leva prata nos 50m livre
A natação brasileira não parou por aí. Cecília Araújo conquistou a medalha de prata nos 50m livre da classe S8, com o tempo de 30s31. A britânica Alice Tai garantiu o ouro ao marcar 29s91. Apesar da conquista, Cecília não ficou totalmente satisfeita com o resultado.
“Fico feliz, claro, mas o resultado não me agradou completamente. Sempre queremos mais. No Mundial do ano passado, fiz um tempo melhor. Estou feliz por estar no pódio, mas insatisfeita como profissional, porque sei que poderia ter feito mais”, disse Cecília após a prova.
Cecília Araújo conheceu a natação ainda jovem, como parte de um tratamento de fisioterapia devido à paralisia cerebral que sofreu no nascimento. O esporte logo se tornou uma paixão e, ao longo dos anos, ela se tornou uma das principais atletas paralímpicas do Brasil. Cecília já havia conquistado títulos mundiais em 2022 e 2023, consolidando seu nome como uma das grandes promessas da natação paralímpica.
Natação brasileira se destaca nas Paralimpíadas de Paris
As conquistas de Carol Santiago, Talisson Glock e Cecília Araújo são exemplos da força da natação brasileira nas Paralimpíadas de Paris. A delegação brasileira demonstrou um alto nível de competitividade, com vários atletas subindo ao pódio e garantindo medalhas em diversas categorias.
O sucesso nas piscinas reflete anos de trabalho árduo e investimento no esporte paralímpico, que tem se fortalecido no Brasil. O país tem se tornado uma potência em diversas modalidades, com atletas que inspiram novas gerações e continuam a levar o nome do Brasil ao topo do cenário internacional.
Com performances incríveis e histórias de superação, Carol Santiago, Talisson Glock e Cecília Araújo mostraram ao mundo o potencial da natação paralímpica brasileira. As medalhas conquistadas em Paris são mais do que um reconhecimento de seu talento, são um testemunho de sua dedicação e amor pelo esporte.
A cada nova competição, esses atletas continuam a inspirar pessoas com suas histórias de vida e conquistas, mostrando que, mesmo diante das adversidades, é possível alcançar resultados extraordinários. Com cinco medalhas em Paris, Carol Santiago encerra mais uma campanha histórica e continua a ser um ícone do esporte paralímpico brasileiro.
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