O caminho do vôlei sentado feminino brasileiro nas Paralimpíadas de 2024 trouxe momentos de superação, mas mais uma vez esbarrou no forte time dos Estados Unidos. Nesta quinta-feira (5), o Brasil foi derrotado na semifinal por 3 sets a 1, repetindo o resultado das edições anteriores no Rio 2016 e Tóquio 2020. Com parciais de 22/25, 25/22, 14/25 e 15/25, as americanas garantiram vaga na final, enquanto a seleção brasileira buscará o bronze no próximo sábado (7), às 10h (horário de Brasília), contra o perdedor do confronto entre China e Canadá.
Brasil em busca de mais um bronze paralímpico
A seleção feminina de vôlei sentado já é referência mundial na modalidade. Após conquistas expressivas nas últimas edições dos Jogos Paralímpicos, o Brasil garantiu medalhas de bronze tanto em 2016 quanto em 2020, e agora está a um jogo de subir novamente ao pódio. A campanha até a semifinal foi marcada por vitórias sólidas e uma evolução constante, que refletiu o título mundial inédito em 2022.
Nas Paralimpíadas de Paris 2024, a nossa seleção chegou às semifinais com uma campanha brilhante na fase de grupos. A equipe, comandada por Fernando Guimarães, superou Ruanda, Canadá e Eslovênia, cedendo apenas um set durante a fase classificatória. Com essa performance, o Brasil garantiu a liderança do Grupo B e carimbou o passaporte para a semifinal contra as favoritas norte-americanas.
O time brasileiro mostrou uma evolução significativa desde os Jogos Paralímpicos de Londres 2012, quando fez sua estreia na modalidade. Desde então, a equipe passou por um processo de crescimento, consolidado com o ouro no Campeonato Mundial de 2022, onde superou os EUA na semifinal.
Desempenho na semifinal
A semifinal contra os Estados Unidos foi marcada por muita luta e alguns momentos de brilhantismo, mas a superioridade americana prevaleceu. A partida começou com dificuldades para o Brasil, que teve problemas para virar as bolas no primeiro set. As americanas aproveitaram para construir uma vantagem inicial e vencer a parcial por 25 a 22, apesar dos esforços da seleção brasileira em buscar uma reação.
No segundo set, o Brasil mostrou garra e resiliência. Após sair atrás no placar, a equipe verde e amarela conseguiu virar o jogo com um bloqueio espetacular de Suellen e abriu uma vantagem de 13 a 6. Mesmo com uma reação tardia das americanas, o Brasil manteve a liderança e venceu a parcial por 25 a 22, empatando a partida e reacendendo as esperanças de chegar à final.
Entretanto, no terceiro set, os Estados Unidos impuseram seu ritmo desde o início. Com uma vantagem de 7 a 1 logo no começo, as norte-americanas dominaram completamente a parcial, vencendo com tranquilidade por 25 a 14. A seleção brasileira não conseguiu manter o nível de competitividade e terminou o set sem oferecer resistência à equipe adversária.
No quarto e decisivo set, a seleção ainda tentou reagir, com as duas equipes trocando pontos nos primeiros minutos da parcial. No entanto, as americanas rapidamente retomaram o controle do jogo e, com uma atuação consistente, fecharam a partida com uma vitória por 25 a 15. Apesar da luta das jogadoras brasileiras, os Estados Unidos garantiram sua vaga na final pela quinta vez consecutiva nos Jogos Paralímpicos.
Destaques individuais e táticas
Do lado brasileiro, Duda e Suellen foram os destaques, ambas com 14 pontos, assumindo a responsabilidade de liderar o time nos momentos decisivos. A seleção brasileira mostrou qualidade defensiva e momentos de brilho no ataque, mas cometeu mais erros do que as adversárias (26 a 20), o que foi crucial para o resultado final.
Pelo lado norte-americano, Bridge foi a grande protagonista, marcando 21 pontos e sendo um dos pilares da equipe. Os Estados Unidos, atuais bicampeões paralímpicos, confirmaram o favoritismo com uma atuação sólida em todos os fundamentos, sendo superiores ao Brasil especialmente nas transições de ataque e defesa.
O técnico Fernando Guimarães ainda fez mudanças estratégicas durante a partida, principalmente no terceiro set, tentando dar mais energia ao time brasileiro, que já parecia desgastado fisicamente. As substituições, no entanto, não foram suficientes para conter a ofensiva americana.
Expectativa para a disputa do bronze
Com a derrota, o Brasil terá agora a oportunidade de lutar pelo terceiro bronze consecutivo nas Paralimpíadas. O adversário da disputa será definido após o confronto entre Canadá e China, que também brigam por uma vaga na final. As canadenses, atuais líderes do ranking mundial, já foram superadas pelo Brasil na fase de grupos, mas a equipe chinesa traz uma tradição forte na modalidade, o que pode dificultar o caminho brasileiro.
A seleção brasileira segue confiante e focada para a disputa do bronze. Como afirmou o técnico Fernando Guimarães, o foco agora é recuperar fisicamente as atletas e ajustar alguns detalhes técnicos para garantir um bom desempenho no próximo sábado. “Sabemos da nossa capacidade e estamos prontos para dar tudo de nós nessa disputa. Queremos voltar para casa com mais uma medalha”, declarou o treinador.
Histórico de conquistas e crescimento da modalidade
O crescimento do vôlei sentado feminino no Brasil é notável. Desde a estreia em Londres 2012, a seleção evoluiu a cada ciclo paralímpico, tornando-se uma das principais forças da modalidade. O bronze conquistado no Rio 2016 foi um marco para o esporte no país, seguido por mais uma medalha em Tóquio 2020.
O título mundial em 2022, com uma campanha histórica que incluiu a vitória sobre os Estados Unidos, mostrou o potencial da equipe. Com uma base consolidada e atletas de alto nível, o Brasil se mantém competitivo em torneios internacionais e segue buscando a tão sonhada medalha de ouro paralímpica.
Com a disputa do bronze em Paris, à seleção tem a chance de coroar mais uma campanha vitoriosa nas Paralimpíadas. Independentemente do resultado, o desempenho da seleção brasileira reflete o crescimento e a dedicação das jogadoras e da comissão técnica, que continuam levando o nome do país ao topo do cenário mundial do vôlei sentado.
Agora, resta à seleção é focar na disputa pela medalha de bronze, mantendo a confiança e o espírito de luta que marcaram sua trajetória até aqui. A seleção tem a chance de fazer história mais uma vez e, quem sabe, trazer mais uma medalha paralímpica para casa, consolidando-se como uma das maiores forças do vôlei sentado mundial.
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