O Atlético-MG continua sua trajetória de insucesso na temporada, ampliando um jejum de 12 jogos sem vitórias após a derrota por 2 a 0 para o Vasco da Gama, na noite desta quarta-feira, em São Januário, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time comandado por Gabriel Milito atravessa uma crise prolongada que envolve não apenas o Campeonato Brasileiro, mas também a Copa do Brasil e a Libertadores. O cenário, cada vez mais preocupante, coloca em risco a classificação da equipe para as competições internacionais do ano que vem, o que torna a última rodada da competição nacional ainda mais crucial para o futuro da equipe.
O jejum de 12 jogos sem vencer
O Atlético-MG chega a 12 partidas sem vencer em um período de mais de um mês sem celebrações. A última vitória do Galo foi no dia 22 de outubro, quando o time derrotou o River Plate por 3 a 0, em casa, na semifinal da Libertadores, e avançou para a decisão da competição continental. Contudo, após esse feito importante, o time vive uma fase de queda significativa, com atuações abaixo do esperado e resultados frustrantes, como o vice-campeonato para o Flamengo na Copa do Brasil e a derrota para o Botafogo, que o afastaram da briga pelo título brasileiro.
Neste período de jejum, o Atlético-MG teve o vice-campeonato no Campeonato Brasileiro, após o vice para o Flamengo e a derrota para o Botafogo, o que causou uma eliminação precoce de sua disputa por uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores 2024. Agora, o time não apenas está fora da zona de classificação para a competição continental, mas também pode perder uma vaga para a Copa Sul-Americana, caso a situação não mude rapidamente.
Desempenho irregular e a derrota para o Vasco
A derrota para o Vasco em São Januário foi mais um capítulo de uma campanha irregular do Atlético-MG nesta reta final do Campeonato Brasileiro. O time alvinegro até demonstrou certa reação no primeiro tempo, mas a falta de consistência e a dificuldade em criar chances claras de gol se refletiram no placar. Os gols do Vasco, ambos no segundo tempo, frustraram a tentativa do Galo de buscar a reabilitação. A defesa do Atlético-MG falhou em momentos cruciais, e o time não conseguiu se recuperar, apesar das mudanças feitas por Gabriel Milito.
O desempenho da equipe foi novamente marcado por uma série de falhas individuais e coletivas. A falta de criatividade no meio-campo e a ineficiência no ataque se tornaram problemas recorrentes. Mesmo com jogadores de peso no elenco, como Hulk, o Galo não conseguiu transformar o domínio territorial em chances reais de gol. Além disso, a falta de solidez defensiva tornou o time vulnerável, com o Vasco aproveitando as oportunidades que surgiram.
Com 44 pontos conquistados até o momento, o Atlético-MG ocupa a 13ª posição na tabela do Campeonato Brasileiro e tem sua classificação para a Copa Sul-Americana em risco. O time mineiro pode perder ainda mais posições dependendo dos resultados de outras equipes, como Juventude e Athletico-PR, nesta quarta e quinta-feira, respectivamente. A situação é delicada, e as perspectivas para o Galo se tornam ainda mais sombrias à medida que a temporada se aproxima do fim.
Fatores que explicam o jejum do Atlético-MG
A sequência de resultados negativos do Atlético-MG pode ser atribuída a uma combinação de fatores. Um dos principais problemas do time tem sido a falta de regularidade. O Galo não consegue se impor nas partidas e sofre com oscilações de desempenho, tanto no aspecto tático quanto individual. Jogadores-chave, como Hulk e Nacho Fernández, não têm mostrado o mesmo rendimento de outras temporadas, o que impacta diretamente a produção ofensiva da equipe.
Outro fator que contribui para o jejum de vitórias é a falha no sistema defensivo. O Atlético-MG, tradicionalmente conhecido por sua solidez defensiva, não tem conseguido manter a consistência na defesa, cometendo erros que têm se refletido diretamente nos gols sofridos. A falta de equilíbrio entre o setor ofensivo e defensivo tem sido um dos principais obstáculos para a equipe, que não consegue apresentar o mesmo nível de desempenho que demonstrou em outras temporadas sob o comando de Antonio Mohamed.
Além disso, o planejamento do time, com a troca de treinadores e a constante busca por ajustes táticos, não tem dado certo. Gabriel Milito, que assumiu o time durante a temporada, ainda não conseguiu implementar uma identidade clara no time, o que tem gerado incertezas dentro do elenco e nas arquibancadas. O time parece perder a confiança a cada jogo, o que torna a recuperação ainda mais difícil.
Última rodada e as chances de classificação para a Sul-Americana
A última rodada do Campeonato Brasileiro promete ser decisiva para o Atlético-MG. O time, que enfrenta o Athletico-PR na Arena MRV com portões fechados, ainda pode alcançar uma vaga na Copa Sul-Americana do ano que vem. Contudo, a situação do Galo é delicada, pois a equipe precisa de uma vitória para garantir sua permanência entre as primeiras posições da tabela e evitar o rebaixamento para a parte inferior da classificação.
Além de sua própria atuação, o Atlético-MG precisará torcer contra os rivais que disputam a classificação para a Sul-Americana. Caso a equipe perca a última partida, poderá ser ultrapassada por outros times, o que aumentaria ainda mais o risco de não disputar competições internacionais no próximo ano. O jogo contra o Athletico-PR, por ser em casa e contra um adversário direto, será decisivo para o futuro imediato do clube.
O futuro do Atlético-MG: Reflexão e mudanças necessárias
A sequência de 12 jogos sem vitória traz à tona a necessidade de reflexão por parte da diretoria, comissão técnica e jogadores do Atlético-MG. A temporada 2023, que parecia promissora no início, tem se mostrado cheia de altos e baixos, com a equipe se afastando de seus objetivos ao longo da competição. Para que o time retome o caminho das vitórias e se prepare para 2024, mudanças serão necessárias, seja no aspecto técnico, seja na motivação do elenco.
A gestão de Gabriel Milito à frente da equipe será um dos tópicos de discussão para o futuro imediato. O treinador precisa encontrar soluções para os problemas no ataque e na defesa, melhorar o entrosamento entre os jogadores e, principalmente, recuperar a confiança do elenco. Caso o Galo consiga conquistar uma vaga para a Sul-Americana, isso poderia ser considerado um alívio para a temporada, mas se ficar de fora das competições internacionais, o Atlético-MG terá muito trabalho pela frente para se reerguer.
Desafios para o Atlético-MG na reta final
O Atlético-MG enfrenta um momento delicado na temporada, com um jejum de 12 jogos sem vitórias que coloca em risco suas chances de disputar competições internacionais no ano que vem. A derrota para o Vasco em São Januário aumentou as dificuldades, e o time agora se vê à beira da zona de classificação para a Copa Sul-Americana. A última rodada contra o Athletico-PR será decisiva para definir o futuro imediato da equipe. Para retomar o caminho das vitórias, o Galo precisará corrigir os problemas ofensivos e defensivos, além de recuperar a confiança perdida ao longo da temporada.
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