Em uma conversa com o programa dominical Fantástico, da Rede Globo, Dr. Cláudio Maurício, Diretor Técnico do Fortaleza Esporte Clube, confirmou que um total de 1.200 lesões físicas foram observadas nos atletas após o assalto ao ônibus da equipe na quinta-feira (22).
Dr. Cláudio Maurício esclareceu que seis atletas foram avaliados e foi constatado um alarmante total de 1.200 ferimentos em seus corpos. Estas lesões variam de contusões e feridas penetrantes a queimaduras de segundo grau e deformações permanentes. Algumas lesões deixarão cicatrizes duradouras, somando-se ao trauma sofrido pelos jogadores.
Além dos danos físicos, o médico também enfatizou os traumas psicológicos com os quais os atletas terão de lidar nos próximos meses. O estresse pós-traumático possui efeitos somáticos autênticos, provocando mudanças hormonais e alterações na atividade cerebral, impactando na rotina diária dos atletas.
Apesar das circunstâncias adversas, o Fortaleza retomou os treinamentos no final de semana e contou com a presença maciça de torcedores na sessão de treino aberta ao público. A equipe solicitou, e a CBF consentiu, o adiamento da partida da Copa do Brasil contra o Fluminense-PI de 29 de fevereiro para 3 de março, proporcionando aos jogadores mais tempo para se recuperarem.
O caso mais grave entre os jogadores feridos é o do lateral-esquerdo Escobar, que sofreu 13 pontos de lesões entre a boca e a sobrancelha. Ele precisará de mais tempo para se recuperar antes de voltar aos treinos. Dr. Cláudio Maurício manifestou sua preocupação com a situação de Escobar, já que inicialmente ele teve que ser hospitalizado na UTI antes de receber cuidados especializados para seus ferimentos faciais e lesão cerebral traumática.
O clube está fornecendo suporte psiquiátrico e medicamentoso aos que necessitam, com o objetivo de reintegrar os jogadores gradualmente, enquanto reconhece e respeita a dor e os desafios emocionais de cada um durante este período difícil.