João Chianca, chamado de Chumbinho, já recebeu autorização para surfar em ondas menores e está sob supervisão de um neurologista. O ano traz favoritos brasileiros e uma competição acirrada pela vaga no Finals.

A temporada está prestes a começar, com o Pipeline Pro iniciando nesta segunda-feira, dia 29. O blogueiro está de volta, e o foco principal será o Circuito Mundial de Surfe (CT). A escolha do primeiro tema não é fácil, dada a quantidade de acontecimentos nos últimos dias.

No entanto, vamos abordar o que é mais relevante para os brasileiros, com todo respeito e admiração por Carissa Moore e Stephanie Gilmore: como o Brasil se prepara para a temporada em um ano olímpico.

O Brasil, que tem sido dominante nos últimos anos, inicia 2024 sem uma de suas principais estrelas e um nome forte em Pipeline. João Chianca Chumbinho está em processo de recuperação do acidente que ocorreu exatamente na famosa praia de surfe, e ele anunciou que ficará afastado pelo menos nas duas primeiras etapas.

Desde o acidente, o staff do surfista optou por fornecer poucas informações sobre seu estado de saúde, apesar de ter havido informações no final do ano passado de que Chumbinho deveria ficar fora do surfe por pelo menos dois meses. No entanto, devido à falta de confirmação oficial, preferi não publicar nada na época.

Aos poucos, através de conversas com outras pessoas, obtivemos uma imagem mais precisa da situação. Além do corte na cabeça, próximo à nuca, Chumbinho sofreu um impacto muito significativo na cabeça, resultando em uma concussão que causou um edema no cérebro. Isso teria afetado ligeiramente o movimento de um de seus pés, conforme revelado por Marcelo Andrade no programa “Por Dentro do Tour”.

No entanto, tudo indica que a recuperação está progredindo bem. No mesmo programa, Andrade mencionou que Chumbinho, sob acompanhamento de neurologistas, foi visto surfando na Praia da Macumba, no Rio de Janeiro, mas apenas em mar com ondas pequenas, já que ainda não estava autorizado a enfrentar impactos fortes na cabeça.

Boas Ondas expressa os melhores votos para uma pronta recuperação de João. Torcemos para que ele possa se restabelecer a tempo de defender seu título na etapa de Portugal.

Corrida pelo título mundial

Apesar desse desfalque significativo, é indiscutível que os brasileiros continuam entre os principais favoritos, tanto em Pipeline quanto na corrida pelo título mundial. É importante destacar que a final ocorrerá novamente em Trestles, o que coloca o bicampeão Filipe Toledo como um dos nomes a serem superados.

A competição para garantir um lugar entre os cinco finalistas será ainda mais intensa do que no ano anterior, possivelmente a mais acirrada desde a implementação do novo formato. Entre os brasileiros, Gabriel Medina, Yago Dora e Italo Ferreira são candidatos de peso, com Miguel Pupo, que ficou em sexto lugar em 2022 (mas se machucou no ano passado), também na disputa.

Enfrentando a forte seleção brasileira, há um time respeitável, incluindo o australiano Jack Robinson, o americano Griffin Colapinto e o australiano Ethan Ewing, todos finalistas em 2023. Além disso, há a presença do havaiano John John Florence, caso esteja motivado, e do italiano Leonardo Fioravante, que continua mostrando evolução. Sempre existe a possibilidade de surgirem novos talentos nessa competição.

As Mudanças e Desafios da WSL 2024


A temporada de 2024 apresenta algumas diferenças em relação à temporada de 2023. De acordo com a WSL, devido aos Jogos Olímpicos, foi necessário reduzir uma etapa, resultando na perda da icônica Jeffrey's Bay, conhecida pela melhor direita do mundo, onde Filipinho era um dos favoritos incontestáveis.

Agora teremos nove eventos antes do WSL Finals. Além da redução no número de etapas, houve a substituição da piscina de Kelly Slater pelo retorno da etapa de Fiji, nas incríveis ondas de Cloud Break, que será a última prova da temporada regular. Isso significa que uma etapa com características muito especiais, como a de Fiji, foi adicionada, onde Gabriel Medina se destaca como um competidor excepcional.

Gabriel Medina não é apenas destaque em Cloud Break, ele também é considerado um grande favorito em Pipeline, ao lado de John John Florence. Sem dúvida, eles estão entre os melhores surfistas nesse local do circuito. A etapa contará com a presença dos últimos cinco campeões, incluindo Medina (2018) e John John Florence (2021), além de Jack Robinson (2022), Kelly Slater (2022) e Italo Ferreira (2019). Esses três, na minha opinião, são surfistas que estão na segunda linha de favoritos em Pipe.

No entanto, nomes como Miguel Pupo, Yago Dora, Leonardo Fioravante, o havaiano Seth Moniz e Caio Ibelli, que conquistou dois terceiros lugares recentemente, também têm potencial para obter bons resultados. É importante lembrar que, no surfe, qualquer prognóstico só se confirma quando a sirene toca e as baterias começam.

No cenário feminino

O destaque da semana foram os anúncios de Carissa Moore e Stephanie Gilmore de que não participarão do Campeonato Mundial. Juntas, elas acumulam impressionantes 13 títulos mundiais. Ambas afirmaram que estão em busca de novos desafios e motivações no surfe. Carissa deixou a porta aberta para um possível retorno, mas não confirmou sua volta ao Circuito.

Embora a pentacampeã mundial não tenha feito uma conexão direta entre sua decisão e o formato atual, que a privou de dois títulos apesar de ter sido a melhor surfista da temporada regular, é difícil não relacionar esses acontecimentos. Por outro lado, a octacampeã Stephanie Gilmore anunciou que fará uma pausa de um ano, mas planeja retornar em 2025. Vamos aguardar para ver como essas histórias se desenrolam.

A saída das multicampeãs abriu uma vaga para a brasileira Luana Silva, que havia terminado em sexto lugar no Challenge Series, uma posição abaixo da classificação direta. Luana, filha de brasileiros que moram no Havaí, terá sua segunda oportunidade de competir no CT. Em 2022, ela não conseguiu se manter na elite e participou apenas das cinco primeiras etapas. Seu objetivo para este ano é evitar a queda no meio da temporada.

Tatiana Weston-Webb, nossa principal representante, viu suas chances de chegar ao Finals aumentarem com as saídas de Carissa Moore e Stephanie Gilmore, mas enfrentará uma concorrência acirrada, pois as novas talentosas surfistas prometem conquistar seu espaço. Depois de duas temporadas consecutivas chegando ao Finals (vice-campeã mundial em 2021 e quarta colocada em 2022), a brasileira teve um ano irregular na temporada passada devido a lesões.

Em Pipeline, Moana Jones é a favorita indiscutível, sendo a surfista que mais treina e se destaca na praia mais famosa do mundo. No entanto, Tati também possui habilidades em ondas tubulares e pode ir longe na competição. Moana impressionou em 2022, quando venceu a etapa como convidada, e recentemente mostrou seu talento durante o Vans Pipe Master em dezembro, conquistando mais uma vitória em condições desafiadoras. Com a ausência de Carissa Moore, a competição no feminino se torna ainda mais imprevisível, com surfistas como Tyler Wright, Molly Picklun e a jovem Caitlin Simmers surgindo como boas apostas.

Gustavo_moretto
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Gustavo H. Moretto, especialista em cassino com mais de uma década de experiência em jogos online. Analisou milhares de cassinos, caça-níqueis e jogos, dominando bônus, métodos de pagamento e tendências. Seu foco é educar jogadores sobre riscos e recompensas, capacitando decisões informadas em apostas esportivas e cassinos online.